Impulsionado pelo otimismo do mercado com dados de inflação abaixo do esperado no Brasil e nos Estados Unidos e expectativa por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) nesta semana, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão da última sexta-feira (24) em alta de 0,31%, aos 146.172,21 pontos.
Nos Estados Unidos, o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) registrou alta de 0,2% em setembro, abrindo espaço para corte de juros na próxima reunião, o que acabou influenciando a cotação do dólar, que fechou em leve alta de 0,12% ante o real, negociado a R$ 5,39.
Já no Brasil, a prévia da inflação (IPCA-15) subiu 0,18% em outubro, também abaixo das previsões, levando o mercado a reprecificar as apostas para a Selic, indicando a possibilidade de flexibilização monetária a partir de janeiro de 2026.
Entre os destaques do Ibovespa, as ações da Petrobras recuaram 0,72% (ON) e 1,16% (PN), na esteira da desvalorização do petróleo no exterior; e a Vale fechou em queda de 0,05%.
Entre as maiores altas do dia sobressaíram CVC (+5,29%) e Eneva (+4,25%), enquanto Brava (-2,76%) liderou as perdas.
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O otimismo sobre o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping nesta semana e a possibilidade de negociações comerciais animam o mercado internacional nesta segunda-feira (27).
Desde as bolsas da Ásia ao pré-mercado de Nova York sobem incentivados pela informação de que negociadores comerciais da China e dos EUA teriam chegado a um acordo-quadro sobre tarifas e outras questões antes da reunião presencial entre Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul, nesta quinta-feira (30).
Na agenda econômica, destaque para reuniões do Fed, do Banco Central Europeu (BCE) e do Japão (BoJ). Entre os indicadores, o shutdown nos Estados Unidos suspende a divulgação do PIB referente ao terceiro trimestre e do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE).
No Brasil, o mercado repercute o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump neste domingo. A conversa foi avaliada como positiva pelos presidentes e agora negociadores de ambos os países devem tratar sobre a revisão das tarifas.
De volta ao Brasil, Lula deve articular a indicação de Jorge Messias para o STF, que enfrenta forte resistência no Senado. De outro lado, a Fazenda corre para aprovar medidas fiscais, como um Jabuti na MP do Metanol com compensações tributárias e regras mais rígidas para benefícios, visando R$ 10 bilhões em 2026.
Além do cenário político, destaque para os dados de emprego, que devem orientar a projeção dos juros, enquanto o calendário de balanços ganha ritmo com resultados do Bradesco, Santander e Vale.
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Manchetes desta manhã
- Após meses de tensão, Brasil e EUA destravam negociações comerciais (Valor)
- Lula prevê acordo com Trump ’em poucos dias’ e diz: ‘Sei a hora de ceder e de não ceder’ (O Globo)
- Milei obtém vitória surpreendente em eleição para Câmara, e governo leva bastião peronista (Folha)
- Trump descarta candidatura à vice-presidência em 2028 (Estadão)
- Prazo para recurso de Bolsonaro termina hoje; veja os próximos passos (Valor)
Mercado global em alta com encontro entre Xi e Trump no radar
As Bolsas da Europa operam mistas nesta manhã com investidores otimistas com o possível acordo entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
Na Ásia, os índices iniciaram a semana em forte alta, também com o otimismo dos investidores diante do possível acordo China/EUA.
O representante comercial dos EUA afirmou que as negociações avançaram para uma fase em que os detalhes finais estão sendo definidos e poderão ser apresentados a Donald Trump e Xi Jinping. Já a China destacou que o acordo representa um consenso preliminar, alcançado após discussões francas e aprofundadas entre as partes.
Em Nova York, os índices futuros iniciam a semana em alta, impulsionados pela expectativa de corte de juros pelo Fed, balanços das big techs e o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,9%
• FTSE 100 estável
• CAC 40 estável
• Nikkei 225 +2,5%
• Hang Seng +1%
• Shanghai SE Comp. +1,2%
• MSCI World +0,2%
• MSCI EM +1,3%
• Bitcoin +1,9% a US$ 115468,13
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Commodities
- Petróleo: contratos futuros recuam com otimismo sobre acordo comercial entre China e EUA. Investidores reagem às falas positivas de negociadores norte-americanos e chineses neste final de semana sobre um acordo comercial entre as duas mais importantes economias do planeta.
O Brent/dez cai 0,96%, negociado a US$ 65,31 e o WTI cede 0,99%, negociado a US$ 60,89/barril - Minério de ferro: fechou em alta de 1,94% em Dalian, na China, cotado a US$ 110,69/ton.
Em Singapura, os contratos futuros sobem 1,39%, cotados a US$ 105,65/ton e o mercado à vista avança 0,48%, cotado a US$ 105,70/ton.
Cenário internacional otimista com encontro entre Trump e Xi Jinping
Nos EUA, repercute a expectativa pelo encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping durante a cúpula da APEC na Coreia do Sul.
Trump afirmou estar confiante de que “haverá um acordo com a China” e sugeriu futuras reuniões com Xi tanto em Pequim quanto nos Estados Unidos.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que as discussões em Kuala Lumpur afastaram a ameaça das tarifas de 100% sobre importações chinesas e devem levar Pequim a adiar por um ano a implementação das licenças de exportação de terras raras.
Ainda no front dos acordos comerciais, Trump anunciou aumento de 10% nas tarifas sobre produtos importados do Canadá.
Na semana, a agenda tem como destaques a decisão de juros do FOMC, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira (29) e do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (30).
Enquanto o mercado aumentava as apostas em mais um corte de juros, Bessent confirmou os cinco finalistas para suceder a Jerome Powell no comando do Fed: Christopher Waller, Michelle Bowman, Kevin Warsh, Kevin Hassett e Rick Rieder. A decisão deve sair até o fim do ano.
Na Argentina, o partido de Javier Milei teve desempenho muito acima do esperado nas eleições legislativas, conquistando cerca de 41% dos votos, ante 32% da oposição.
No cenário corporativo, destaque para o calendário de balanços com resultados da Microsoft, Alphabet e Meta na quarta-feira (29) e Apple e Amazon na quinta-feira (30).
Cenário nacional repercute encontro entre Trump e Lula
No Brasil, o presidente Lula disse ter tido uma reunião “surpreendentemente boa” com Trump e espera uma solução com os EUA em poucos dias.
Novas conversas deve ocorrer em Washington na próxima semana, com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A semana inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus, que prevê inflação de 4,56% em 2025, perto do teto da meta. Destaque para a divulgação dos dados de emprego de setembro na quinta-feira (30) e para a Pnad contínua na sexta-feira (31).
Nesta segunda-feira, o Banco Central realiza um leilão de US$ 1 bilhão à vista e, simultaneamente, o leilão de swap cambial reverso de até 20 mil contratos, entre 9h30 e 9h35.
Na agenda política, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o presidente Lula seguem em Kuala Lampur.
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: a produção cresceu 17% no 3º trimestre, para 3,14 milhões boe/dia de petróleo e gás.
- Agrogalaxy: teve queda de 62,5% do prejuízo líquido ajustado no 2º trimestre, para R$ 136 milhões.
- Ultrapar: comprou 37,5% da Vitru GNL, especializada em gás natural liquefeito, por R$ 102,5 milhões.
- Raízen: teve a nota rebaixada pela Fitch de BBB para BBB-, com perspectiva negativa.
- Sabesp: aprovou emissão de debêntures de R$ 5 bi para reforçar o caixa e financiar investimentos.
- Copel: convocou assembleia de acionistas preferencialistas (17/11) para ratificar conversão total das ações e migração ao Novo Mercado.
