O corte nos juros dos Estados Unidos (EUA) levou o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, ao seu terceiro recorde de fechamento consecutivo. O índice encerrou o dia em alta de 0,82%, aos 148.632,93 pontos, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, anunciar um corte de 0,25 ponto percentual, alterando a taxa para o intervalo entre 3,75% e 4% ao ano.
Powell, no entanto, esfriou o otimismo nos mercados ao afirmar que um novo corte em dezembro “está longe de ser algo certo”, impactando as bolsas de Nova York e estabilizando o dólar, que fechou cotado a R$ 5,36.
Entre os destaques do Ibovespa, a Petrobras teve desempenho misto, com queda de 0,19% (ON) e leve alta de 0,10% (PN), enquanto a Vale obteve ganhos de 1,82% com a valorização do minério de ferro no mercado internacional.
No setor financeiro, destaque para Santander, que valorizou 1,60% na sessão, após divulgar lucro líquido de R$ 4 bilhões no 3º trimestre, impulsionando o setor. Entre as maiores altas, Pão de Açúçar (+5,63%) e Hypera (+4,84%) lideraram e MBRF amargou uma perda de 7,84%.
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No mercado internacional, repercute nesta quinta-feira (30) o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder asiático, Xi Jinping, na Coreia do Sul.
No encontro foi estabelecida trégua de um ano entre os dois país, além de um acordo que reduz as tarifas sobre fentanil de 20% para 10%, autoriza a China a comprar “grandes quantidades” de soja americana, entre outros produtos agrícolas, e avanços nas negociações de terras raras.
Destaque ainda para as decisões de política monetária do Japão, que manteve a taxa básica de juros de curto prazo em 0,5% para outubro; e do Banco Central Europeu (BCE), também prevista hoje, com expectativa de manutenção da taxa de juros da Zona do Euro em 2%.
No Brasil, os dados de emprego são o destaque da agenda, que deve registrar 155 mil novas vagas com carteira assinada em setembro.
No cenário fiscal, o Senado vota o projeto que torna permanente a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, uma das principais apostas do governo para recuperar sua popularidade.
Enquanto isso, a perda de arrecadação, somada ao aumento das despesas, deve contribuir para mais um saldo negativo do governo central em setembro, estimado em R$ 15 bilhões, enquanto no Congresso a agenda fiscal avança com as medidas da MP do IOF entre os projetos.
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Manchetes desta manhã
- Rio e União criam escritório de combate ao crime; número de mortos chega a 121 (Valor)
- Trump ordena o início imediato de testes com armas nucleares, como resposta a Rússia e China (Folha)
- Operação do MP mira rede de lavagem de dinheiro do PCC; alto escalão está entre alvos (Estadão)
- Câmara aprova medidas que podem levantar R$ 19 bilhões em 2026 (O Globo)
- GM demitirá 1.700 funcionários devido ao mercado fraco de elétricos (Valor)
Mercado global avalia impactos de acordo entre EUA e China
As Bolsas da Europa caem após a divulgação de resultados corporativos, dados preliminares do PIB e à espera da decisão do BCE, prevista para esta quinta-feira. A expectativa é de manutenção da taxa de juros pela terceira reunião seguida.
Na Ásia, os índices fecharam em queda após o esperado encontro entre Trump e Xi Jinping. A exceção foi o Japão, que manteve a taxa básica de juros de curto prazo inalterada em 0,5% para outubro, em linha com a expectativa do mercado. O banco, no entanto, manteve os cursos de empréstimos em seu nível mais alto desde 2008.
Apesar do otimismo dos EUA, as bolsas chinesas fecharam em queda em Xangai (-0,73%) e Shenzhen (-1,16%), enquanto em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,24%. Em Tóquio, o Nikkei ficou levemente acima da estabilidade, com alta de 0,07% e, na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em alta de 0,14%.
Em Nova York, os índices futuros operam em queda, com investidores avaliando o encontro entre Trump e Xi Jinping, a decisão do Fed sobre os juros e os balanços mistos das big techs.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,1%
• FTSE 100 -0,5%
• CAC 40 -0,6%
• Nikkei 225 estável
• Hang Seng -0,2%
• Shanghai SE Comp. -0,7%
• MSCI World -0,2%
• MSCI EM -0,3%
• Bitcoin -1,1% a US$ 110172,44
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Commodities
- Petróleo: Preços futuros caem após encontro Xi Jinping e Trump, com a redução das tarifas contra a China.
O Brent/dez recua 0,74%, cotado a US$ 64,44/barril e o WTI/dez cai 0,73%, a US$ 60,04 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,38% em Dalian, na China, cotado a US$ 112,86/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,79%, cotados a US$ 106,90/ton e o mercado à vista recua 0,09%, cotado a US$ 105,80/ton.
Cenário internacional avalia impactos pós corte de juros dos EUA e resultados das big techs
Nos EUA, após a decisão sobre os juros anunciada nesta quarta-feira, os membros do Fed voltam a falar em público após período de silêncio.
Na agenda de hoje, o Banco Central Europeu (BCE) informa decisão de juros às 10h15, com discurso da presidente, Christine Lagarde, às 10h45. Mais tarde, às 22h30, a China informa PMI industrial e de serviços.
No setor corporativo dos EUA, as ações da Meta caem 8,4% no pré-mercado de NY, após a empresa reportar queda de 83% do lucro no 3º trimestre, para US$ 2,7 bilhões (US$ 1,05 por ação), com encargo fiscal de US$ 15,9 bilhões.
Os papéis da Microsoft também recuam, 2,3%. A empresa teve alta de 12% do lucro, para US$ 27,7 bilhões (US$ 3,72 por ação), com destaque para software, mas houve aumento das despesas de capital com chips.
Já os papéis da Alphabet têm alta de 7,7%, após lucro de US$ 39,98 bilhões (US$ 2,87 por ação), alta de 33%, com destaque para a divisão de busca do Google e YouTube.
No calendário de balanços, para hoje, estão previstos os balanços da Apple e Amazon.
Cenário nacional sente o peso de medidas fiscais
No Brasil, a agenda começa com a notícia de que o IGP-M caiu 0,36% em outubro na comparação mensal, contra estimativa do mercado de queda de 0,23%.
Entre outros indicadores, o Caged sai às 14h30, com projeção do BTG Pactual de criação de 166 mil vagas de trabalho em setembro. Destaque também para o leilão de LTNs e NTN-Fs do Tesouro.
No front político-fiscal, a Câmara aprovou o Projeto de Lei que incorporou trechos da MP 1303 que compensava o IOF. A proposta, que volta para o Senado, incorpora trechos sobre seguro-defeso, compensação tributária e benefícios do INSS. A Comissão no Senado adiou para hoje votação da MP do setor elétrico.
No setor corporativo, estão previstos para hoje os balanços da Vale, Gerdau, Marcopolo, Multiplan e Vulcabras, após o fechamento do mercado.
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Destaques no mercado corporativo
- Multiplan: investirá R$ 65 mi para ampliar o BarraShopping e o BH Shopping, reforçando a aposta em shoppings premium.
- Petrobras: identificou indícios de hidrocarbonetos em dois poços na Margem Equatorial, sinalizando potencial de nova fronteira exploratória.
- Motiva: teve salto de 191,8% no lucro, para R$ 1,23 bi, impulsionado por margens mais altas de refino e distribuição.
- WEG: teve preço-alvo elevado pelo Citi de R$ 40 para R$ 45, com recomendação neutra mantida após reunião com executivos.
- Vittia: concluiu recompra de 3,2 mi de ações e aprovou novo programa de recompra de até 4,5 mi, além do pagamento de R$ 9,5 mi em JCP.









