O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, vem fazendo história na B3 e animando os investidores ao renovar seus recordes diariamente. No pregão desta quarta-feira (5), o índice encerrou em alta relevante de 1,72%, aos 153.294,44 pontos, registrando o oitavo recorde de fechamento consecutivo.
O desempenho do índice foi impulsionado pela temporada de balanços, com resultados acima do esperado, além da expectativa pela decisão do Copom, divulgada na noite desta quarta-feira.
Em destaque no Ibovespa, as ações da Petrobras ajudaram a impulsionar o índice, registrando alta de 1,81% (ON), 1,98% (PN) e a Vale obteve ganhos de 1,72% na sessão.
No setor financeiro, destaque para Itaú (PN, que subiu 0,43% com lucro trimestral recorde, além de Santander (+2,75%) e Bradesco (+2,12%-PN). Entre os melhores desempenhos do dia, Vamos valorizou 8,66%, enquanto CSN (-4,60%) liderou as perdas.
Já o dólar encerrou o dia em queda de 0,69% ante o real, cotado a R$ 5,36, após a China suspender tarifas sobre produtos dos EUA, aliviando tensões comerciais e fortalecendo moedas emergentes.
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Nesta quinta-feira (6), o mercado amanhece processando a divulgação do Copom na véspera, de manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada a 15% ao ano, pela terceira reunião seguida.
Com uma decisão unânime, a autarquia mantém a Selic no maior nível desde 2006 e mantém o Brasil num patamar com o 2º maior juro real do mundo.
No comunicado, que alimentava expectativas no mercado de um sinal sobre o início do ciclo de cortes, o Copom mencionou um cenário não favorável, com incerteza global, influenciado pela política econômica dos EUA e pelas tensões geopolíticas, além do patamar da inflação, que segue acima da meta de 3%, apesar de uma desaceleração recente.
Além de manter a Selic por um período prolongado, o Comitê pode retomar o ciclo de aperto monetário, caso o cenário inflacionário volte a se deteriorar; posicionamento que enfraqueceu as apostas de redução da Selic em janeiro.
Enquanto isso, a agenda fiscal do governo avança como se não houvesse amanhã, nem consequências para a economia, com isenção de impostos e planos de reajuste social.
Na noite de ontem outra notícia que teve atenção do mercado além do Copom foi a aprovação pelo Senado, em votação unânime, porém simbólica, do Projeto de Lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês e estabelece novas regras de tributação sobre lucros e dividendos.
A medida, que vai à sanção presidencial, é vista como um dos principais trunfos eleitorais de Lula para 2026.
Além disso, o governo avalia utilizar uma folga orçamentária de R$ 4 bilhões para reajustar o Bolsa Família em 2026, ano eleitoral. O benefício médio poderia se aproximar de R$ 800, fortalecendo o discurso do governo em busca da reeleição.
No mercado internacional, as decisões de política monetária ficaram para esta quinta-feira (6). O Banco da Inglaterra (BoE) deve manter os juros em 4%, com o comitê dividido e à espera do Orçamento de 26 de novembro para avaliar os efeitos fiscais antes de sinalizar cortes.
Mais tarde, o Banco Central do México deve anunciar sua decisão sobre os juros.
Já nos Estados Unidos, o destaque é para o discurso de cinco dirigentes do Fed ao longo do dia: John Williams, Michael Barr, Christopher Waller e Alberto Musalem, após Powell reforçar que um corte em dezembro ainda é incerto.
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Manchetes desta manhã
- BC mantém juros em 15%, mas vê melhora da inflação e moderação da atividade (Valor)
- Senado aprova isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil (O Globo)
- Gestão Trump apoia Castro; PT fala em atentado à soberania (Estadão)
- Com príncipe William e Macron, Cúpula de Líderes debate em Belém o Fundo de Florestas e dá partida na COP (Folha)
- STJ livra Petrobras de pagar R$ 2,9 bi e determina novo julgamento (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa caem à mínima de duas semanas com a nova rodada de resultados corporativos mistos e forte onda de vendas de ações ligadas à tecnologia afetando Paris.
Commerzbank caiu de 2,30% após reportar uma queda inesperada de 7,9% no lucro líquido em relação ao ano anterior e Maersk registrou perda de 4,87% apesar de apresentar resultados positivos.
A maior perda registrada foi da Legrand, que caiu 10,05% após divulgar vendas de 6,97 bilhões de euros nos primeiros nove meses do ano, abaixo das expectativas, alimentando preocupações sobre as altas avaliações do setor.
Na Ásia, os índices subiram em bloco nesta quinta-feira, com os investidores analisando dados corporativos do 3º trimestre.
O destaque da sessão foi o índice Hang Seng, em Hong Kong, que subiu 2,12%. Na China, Xangai avançou 0,97% e Shenzhen subiu 1,73%, enquanto no Japão, o Nikkei terminou em alta de 1,19% impulsionado pelas ações da Nissan após a empresa anunciar a venda do seu edifício-sede.
Em Nova York, os índices futuros recuam levemente nesta quinta-feira, com investidores menos preocupados com as altas avaliações das empresas de IA e animados com o tom da audiência da Suprema Corte sobre as tarifas impostas por Donald Trump.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,1%
• FTSE 100 -0,3%
• CAC 40 -0,4%
• Nikkei 225 +1,3%
• Hang Seng +2,1%
• Shanghai SE Comp. +1%
• MSCI World +0,2%
• MSCI EM +0,8%
• Bitcoin -0,5% a US$ 103126,44
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Commodities
- Petróleo: se recupera após sanções contra empresas russas começarem a afetar a Lukoil, reduzindo temores de excesso de oferta. A OPEP+ suspendeu novos aumentos de produção no 1º trimestre de 2026, o que ajudou a estabilizar o mercado, embora a demanda fraca siga preocupando.
O Brent/jan sobe 0,54%, negociado a US$ 63,86 e o WTI/dez valoriza 0,62%, a US$ 59,97 - Minério de ferro: fechou em alta de 0,65% em Dalian, na China, cotado a US$ 109,17/ton.
Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,39%, cotados a US$ 103,95/ton e o mercado à vista avança 0,38%, cotado a US$ 104,80/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou que o tráfego aéreo será reduzido em 10% em 40 dos principais aeroportos do país a partir de sexta-feira (7), caso não haja acordo para encerrar o shutdown do governo, que já dura 37 dias.
No cenário corporativo, os acionistas da Tesla se reúnem hoje em assembleia, que propõe pacote de remuneração para Elon Musk avaliado em US$ 1 trilhão ao longo de uma década, a maior remuneração executiva da história.
A votação é uma das propostas que podem remodelar o futuro da fabricante de veículos elétricos, desde o poder do conselho.
No calendário dos balanços corporativos, para hoje, estão previstos os resultados do Airbnb, Discovery e Warner Bros.
Cenário nacional
No Brasil, o presidente Lula inaugura hoje, em Belém, a Cúpula de Líderes da COP30, que reúne nomes como Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen. O evento, porém, ocorre em meio à forte repercussão das discussões sobre segurança pública no país.
Na agenda econômica, destaque para a divulgação dos dados de balança comercial de outubro, às 15h, com projeção do BTG Pactual de superávit de US$ 6,2 bilhões em outubro.
Na continuidade da divulgação de resultados corporativos, para hoje estão previstos os balanços da Petrobras, Suzano, Anima, Assaí, Alpargatas, Caixa Seguridade, Cogna, Energisa, Fleury, Magazine Luiza, Meliuz, Lojas Renner, PetroReconcavo, Sanepar, SLC Agrícola, Tupy, Tenda e Zamp.
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Destaques no mercado corporativo
- Axia Energia (ex-Eletrobras) reverteu lucro e registrou prejuízo de R$ 5,45 bilhões, mas animou o mercado ao anunciar R$ 4,3 bilhões em dividendos.
- Multiplan comprou 7,5% adicionais do BarraShopping por R$ 362,5 milhões e passou a deter 73,37% do empreendimento.
- Vale concluiu a recompra de 89,4 milhões de debêntures participativas (23% do total), reduzindo obrigações financeiras futuras.
- Motiva confirmou o grupo mexicano Asur como interessado na compra de seus aeroportos, mas sem exclusividade nas negociações.









