O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,18% em agosto, acelerando-se em relação à alta de 0,18% registrada em julho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 16,88% no ano e de 32,84% em 12 meses, até este mês.
Entre os componentes do indicador, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ganhou força e subiu 1,29% em agosto, depois de ter caído 0,07% em julho. Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) manteve o ritmo de alta e subiu 0,88% neste mês, de +0,70% no mês passado, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +1,37% para +0,79%, no mesmo período.
Nos estágios do IPA, os bens finais saceleraram o ritmo de alta e subiram 1,60% em agosto, de +1,27% em julho, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -2,21% para +5,12%. Os bens intermediários também aceleraram, passando de 0,90% no mês passado para +1,93% neste mês. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja taxa passou de -0,27% para +3,72%. Já as matérias-primas brutas saíram de um recuo de 1,78% para uma alta de 0,55% no período.
Entre os itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários apagaram a queda de 2,60% no mês passado e saltaram 4,76% em agosto, enquanto os produtos industriais oscilaram em queda de 0,02%, de +0,92%, na mesma base de comparação.
“Os efeitos da seca e das geadas estão mais evidentes no resultado do índice ao produtor”, explicou André Braz, Coordenador dos Indices de Preços. “Entre os bens finais, os preços dos alimentos in natura avançaram 5,12%. Já entre as matérias-primas, os destaques foram as culturas mais afetadas pelo clima como milho (+10,03%) e café (+13,76%)”, detalhou ele. Ainda de acordo com Braz, “os combustíveis e lubrificantes para a produção subiram 3,72% e também contribuíram para a aceleração da inflação ao produtor”.
Já no âmbito do IPC, quatro das oito classes de despesa registraram acréscimo nas taxas de variação de preços em base mensal, com destaque para os movimentos nos preços de hortaliças e legumes (de -7,67% para +5,17%), planos e seguros de saúde (de -1,27% para +0,62%), tarifa de eletricidade residencial (de +3,86% para +5,74%) e gasolina (de +1,42% para +2,13%).
Entre os componentes do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos manteve o ritmo de alta, passando de +1,43% em julho para +1,44% em agosto, enquanto o índice de serviços passou de +0,70% para +0,77% e o índice do custo da mão de obra desacelerou a +0,24%, de +1,45% antes.
Ricardo Gozzi / Agência CMA
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