Em uma mobilização essencial para atender às necessidades de famílias desabrigadas, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) apelou ao governo federal nesta segunda-feira (24) por mais tempo para cadastrar no programa Auxílio Reconstrução. Esse programa, crucial em tempos de calamidade, destina R$ 5,1 mil, concedidos em uma única parcela, às famílias que perderam suas casas em maio, devido às fortes chuvas que assolaram o estado.
A pressão sobre os municípios se intensificou à medida que o prazo final, marcado para terça-feira (25), se aproximava. Marcelo Arruda, presidente da Famurs e prefeito de Barra do Rio Azul, evidenciou que muitas prefeituras ainda estão no processo de cadastramento, enfatizando a complexidade e a exigência de precisão dados aos enormes impactos da catástrofe.
O que é o auxílio reconstrução?
O Auxílio Reconstrução foi implementado como uma resposta imediata às emergências provocadas pelas chuvas intensas. Com a vasta destruição deixada pelas enchentes, este auxílio financeiro atende diretamente as famílias que estão sem suas residências, ajudando-as a reconstruir suas vidas.
Por que a Famurs está pedindo mais tempo?
De acordo com Marcelo Arruda, a prorrogação do prazo é vital para que os dados sejam revisados e corrigidos adequadamente, assegurando que o auxílio seja concedido para quem realmente necessita. Até a última sexta-feira (21), 182 das prefeituras gaúchas não haviam ainda finalizado o processo de registro das famílias elegíveis para o benefício. Esta dilatação no prazo permitiria um mapeamento mais preciso e, consequentemente, uma distribuição mais justa dos recursos.
Qual a posição do Governo Federal?
O ministro-chefe da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, reconheceu as dificuldades apresentadas pela Famurs. Embora a data final tenha sido estabelecida anteriormente e esteja próxima, ele indicou que o pedido de prorrogação seria considerado. “Se muitos municípios ainda não efetuaram o cadastro, é necessário avaliar a real situação e as justificativas dos atrasos, sempre com o objetivo de atender todos que têm direito ao auxílio“, explicou Pimenta.
Com a conclusão desses cadastros e a transparência proporcionada pelo Sistema de Dados Abertos, espera-se que a distribuição dos recursos seja realizada de forma eficaz, garantindo que nenhuma família desabrigada pelo desastre climático fique desamparada. A atuação ágil e eficiente destes cadastramentos é essencial para a recuperação de milhares de cidadãos gaúchos, destacando a necessidade de uma cooperação efetiva entre os municípios e o governo federal.