O mercado de commodities encerrou o pregão desta quarta-feira (26) em queda, com os preços do café e do milho puxando o desempenho negativo nos mercados futuros, influenciados pela previsão de chuvas no Brasil e nos Estados Unidos.
Segundo Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, o movimento do mercado é reflexo direto do clima. “O mercado climático atuou com força, derrubando o café e o milho. A soja segue lateralizada, aguardando dados de plantio. No boi, o movimento foi de alta”, afirmou. Veja a análise na íntegra abaixo:
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Café tem queda acentuada e qualidade preocupa
Os contratos futuros de café tiveram quedas expressivas, refletindo os fatores de condições climáticas no Brasil. Em Nova York, o vencimento para maio caiu 1,62%, enquanto os contratos para dezembro recuaram 1,14%. No mercado nacional, os preços seguiram a tendência negativa.
Apesar da queda, Gioielli alerta para a qualidade da safra. “Mesmo que as chuvas melhorem a produção futura, a qualidade do grão atual ainda é uma incógnita. O consumo se ajusta ao preço alto, mas a dinâmica pode mudar”, explicou.
Clima e aumento de área plantada pressionam cotações do milho
Os contratos futuros de milho também registraram forte desvalorização. O vencimento para julho caiu 1,37%, com o mercado respondendo ao aumento da área plantada nos EUA e à previsão de boas chuvas.
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Gioielli destaca que a tendência de baixa pode continuar. “A previsão é de uma safra robusta nos EUA, e o clima favorável aumenta as chances de maior produção. A soja pode seguir esse mesmo caminho, dependendo dos números da área plantada”, comentou.
Expectativa de plantio da soja define direção do mercado
O mercado de soja segue lateralizado, aguardando a divulgação dos dados sobre a área plantada nos EUA. A projeção atual indica um aumento de 4% no milho e uma queda de 4% na soja, o que pode impactar os preços.
“Se a redução da área de soja for menor que o esperado, os preços podem cair ainda mais. O aumento da produção na América do Sul também pressiona o mercado, já que o consumo não cresceu na mesma proporção”, analisou Gioielli.
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Boi gordo vive expectativa de alta na virada do mês
No mercado do boi gordo, os contratos futuros tiveram um dia positivo. A tendência de valorização é sustentada pela oferta ajustada e pelo consumo aquecido.
“Estamos comprados no boi, apostando na alta dos preços. O mercado deve manter esse movimento com a chegada do início do mês, quando historicamente há maior demanda”, concluiu Gioielli.