O BTG Pactual (BPAC11) registrou novo recorde de lucro no primeiro trimestre de 2025, com um lucro líquido ajustado de R$ 3,4 bilhões, alta de 16,5% na comparação anual e de 4% frente ao quarto trimestre de 2024, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (12).
Segundo o banco, o resultado alcançado é atribuído à expansão da carteira de crédito, à forte captação de recursos e redução de despesas.
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BTG entra para o top 5 da Bolsa
As ações do BTG Pactual já acumulam alta de mais de 50% neste ano. Com esse desempenho, o banco alcançou um valor de mercado de R$ 184 bilhões, tornando-se a quinta empresa mais valiosa da Bolsa de Valores brasileira.
Entre os bancos listados, o BTG fica atrás apenas do Itaú Unibanco, que vale R$ 377,3 bilhões.
BTG tem trimestre marcado por recordes
As receitas totais do banco também bateram recorde e atingiram R$ 6,8 bilhões no trimestre, um crescimento de 16,1% em relação ao mesmo período de 2024.
A rentabilidade, medida pelo retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE), foi de 23,2%. O indicador avançou 0,4 ponto percentual em 12 meses e 0,2 ponto frente ao trimestre anterior.
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Captação recorde e avanço em gestão de fortunas
O BTG Pactual captou R$ 105 bilhões em “net new money” (novos ativos) no trimestre, dos quais R$ 88,1 bilhões vieram da área de gestão de fortunas (wealth management), representando a maior captação trimestral da história do banco.
A aquisição do Julius Baer Brasil, concluída em janeiro por R$ 615 milhões, contribuiu com R$ 60 bilhões.
Em abril, o BTG também anunciou a compra do braço de gestão de fortunas da JGP, que deverá adicionar mais R$ 18 bilhões. Essa última transação ainda depende de aprovação regulatória e não foi incorporada aos números do trimestre.
Com essas aquisições, a área de family office do banco passou a administrar cerca de R$ 120 bilhões em ativos, fortalecendo a presença do BTG no segmento de alta renda.
Ativos sob gestão chegam a R$ 2 trilhões
Pela primeira vez, o BTG Pactual superou a marca de R$ 2 trilhões em ativos sob gestão e administração, divididos igualmente entre a gestão de investimentos e a gestão de patrimônio.
Esse volume coloca o banco entre os maiores gestores de recursos da América Latina e reforça seu posicionamento como plataforma completa de investimentos.
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Carteira de crédito avança apesar de juros altos
A carteira de crédito total somou R$ 230,6 bilhões, o que representa um crescimento de 27% em 12 meses. O destaque foi o portfólio para pequenas e médias empresas, que subiu 28,2% e atingiu R$ 28,3 bilhões.
Mesmo com os juros elevados (CDI médio em 10,65% ao ano) o banco conseguiu manter a expansão do crédito.
Segundo o BTG, a diversificação geográfica contribuiu para esse desempenho. O banco possui operações no Chile, Colômbia e Europa (com sede em Luxemburgo).
A área de Corporate Lending and Business Banking, responsável por atender empresas, teve receita de R$ 1,9 bilhão no trimestre, crescimento de 34,5% em 12 meses.
Investment banking recua
Segundo o balanço, a única área com queda expressiva foi o investment banking, cuja receita foi de R$ 380 milhões, retração de 42% na comparação anual e 25% frente ao quarto trimestre de 2024.
A baixa atividade no mercado de capitais, com poucos IPOs e emissões, limitou as operações tradicionais desse segmento. O principal motor de receita foram as emissões de dívida por parte das empresas.
Esse recuo, no entantom se mostra consistente com o cenário macroeconômico, onde a taxa de juros ainda elevada e a aversão ao risco reduziram o apetite por novos negócios de mercado.
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Capital e patrimônio do BTG Pactual
O patrimônio líquido do BTG cresceu para R$ 59,8 bilhões, ante os R$ 56,47 bilhões registrados no trimestre anterior.
O índice de Basileia, que mede a solidez de capital de um banco em relação aos seus ativos de risco, ficou em 15,7%. O indicador ficou estável frente ao trimestre anterior, mas recuou em relação ao primeiro trimestre de 2024 (16,4%).
Mesmo assim, o índice continua acima do mínimo exigido pelo Banco Central (11%), demonstrando solidez financeira.