O dólar fechou esta quinta-feira (15) em alta de 0,82%, a R$ 5,68. O movimento foi impulsionado por um aumento na percepção de risco fiscal no Brasil. Durante a sessão, a moeda americana chegou a atingir a máxima de R$ 5,6974 ao longo do dia.
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O mercado reagiu a relatos de que o governo federal estuda lançar um novo pacote de medidas para impulsionar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as propostas estariam:
- A criação de um novo Vale Gás;
- Linhas de crédito para entregadores de aplicativo;
- Uso da rede privada de saúde para cirurgias do SUS;
- Melhorias habitacionais.
A especulação de um possível reajuste no valor do Bolsa Família, com início em 2026, intensificou o desconforto no mercado. Apesar das negativas de autoridades, como o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os investidores demonstraram preocupação com o impacto fiscal dessas iniciativas.
Haddad reforçou que não há espaço fiscal para novos projetos e afirmou que as medidas em discussão são pontuais, voltadas para o cumprimento da meta de resultado primário de 2025 — ou seja, o saldo das contas do governo antes do pagamento de juros da dívida pública.
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Real tem pior desempenho entre moedas emergentes
O real registrou o pior desempenho entre as moedas mais negociadas do mundo nesta quinta-feira. Além da questão fiscal, o cenário internacional também contribuiu para a alta do dólar.
A queda de mais de 2% no preço do petróleo e o ambiente negativo para moedas de países latino-americanos pressionaram ainda mais a moeda brasileira.
Indicadores nos EUA reforçam aposta em corte de juros
Nos Estados Unidos, os dados de inflação ao produtor vieram abaixo do esperado. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 0,5% em abril, enquanto o mercado projetava alta de 0,2%. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também teve queda de 0,4%, contrariando a expectativa de alta de 0,3%.
A leitura mais branda da inflação, somada a vendas no varejo e produção industrial fracas, alimenta apostas de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, possa cortar os juros ainda neste ano.
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Para a Capital Economics, os dados recentes indicam um segundo trimestre mais forte para a economia americana. A consultoria britânica revisou sua projeção de crescimento do PIB dos EUA para 2,5%, após contração de 0,3% no primeiro trimestre.