As bolsas dos EUA fecharam em queda nesta quarta-feira (24). O movimento foi puxado pela desvalorização das ações de tecnologia, em meio a preocupações com a sustentabilidade dos investimentos em inteligência artificial (IA).
O ambiente também foi marcado pela cautela dos dirigentes do Federal Reserve (Fed), em meio a divergências com a Casa Branca. Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, comentou as últimas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell.
Segundo ele, os juros nos EUA seguem “muito restritivos” e deveriam cair mais rapidamente. Bessent defendeu cortes acumulados entre 1 e 1,5 ponto percentual (p.p.) nas próximas reuniões de 2025 e 2026.
- Veja como um analista acumulou R$ 113 mil operando commodities — clique aqui e descubra como você pode seguir essa estratégia.
Confira o desempenho dos três principais índices de Nova York:
- Dow Jones cai 0,37% (46.121,28 pontos);
- S&P 500 recua 0,28% (6.637,97 pontos);
- Nasdaq perde 0,33% (22.497,86 pontos).
Setor de tecnologia pressiona
Segundo o Deutsche Bank, investidores questionam se o crescimento da Nvidia depende cada vez mais de aportes dos próprios clientes para sustentar a receita. A fabricante de chips caiu 0,82% após o anúncio de parceria com a OpenAI.
O Bank of America avalia que o acordo pode ampliar margens de lucro e fluxo de caixa da empresa, mas ainda gera dúvidas sobre a sustentabilidade do movimento. Na esteira da queda da Nvidia, a Apple também recuou 0,83% e a Alphabet, controladora do Google, caiu 1,80%.
Outras companhias tiveram forte volatilidade. A Intel avançou 6,41%, enquanto a Lithium Americas disparou 95,6% diante da possibilidade de participação do governo americano em seu capital. Já a Freeport-McMoRan perdeu 16,95% e a Micron Technology caiu 2,82%. Em sentido contrário, o recibo de ações (ADR) da Alibaba negociado em Nova York subiu 8,22%.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Bessent também afirmou hoje que o governo pode investir em outras empresas de semicondutores além da Intel, reforçando a movimentação do setor.
