O iFood se tornou uma ferramenta essencial no dia a dia, mas sua popularidade também atrai criminosos que aplicam golpes tanto no momento da entrega quanto no ambiente digital. Fraudes como a da taxa extra na maquininha e o phishing com falsos cupons podem transformar a conveniência de um pedido em um grande prejuízo.
Este guia definitivo detalha os principais golpes que usam o nome do iFood, ensina a identificar os sinais de perigo e mostra como usar o aplicativo de forma segura para proteger seus dados e seu dinheiro.
Como funcionam os principais golpes no iFood

Os criminosos focam em duas frentes: a fraude presencial, no momento do pagamento na porta da sua casa, e a fraude digital, com links e mensagens falsas.
1. O golpe da taxa extra na maquininha
Este é o golpe mais comum e perigoso. O entregador chega com seu pedido e alega que há uma “taxa extra” a ser paga (de entrega, do restaurante, etc.). Ele então apresenta uma maquininha de cartão com o visor quebrado ou programada para exibir um valor baixo, mas que na verdade cobra uma quantia muito maior (ex: R$ 2.050,00 em vez de R$ 5,00).
A regra de ouro é: prefira sempre pagar pelo aplicativo. Se precisar pagar na entrega, confira o valor no visor da maquininha antes de aproximar o cartão ou digitar a senha. Se o visor estiver danificado, recuse o pagamento e contate o restaurante.
2. O golpe do phishing com falsos cupons
Nesta fraude digital, criminosos enviam links por WhatsApp ou criam anúncios em redes sociais oferecendo cupons de desconto absurdos para o iFood. O link te leva a um site clone, que imita a aparência do aplicativo, projetado para roubar seus dados de login e, principalmente, as informações do seu cartão de crédito.
A regra de ouro é: cupons e promoções oficiais só existem dentro do aplicativo iFood. Nunca clique em links de ofertas que chegam por canais externos. Desconfie de qualquer promessa que pareça boa demais para ser verdade.
3. O golpe do “sistema caiu”
Logo após você fazer um pedido, um golpista te liga, fingindo ser do restaurante. Ele afirma que “o sistema do iFood caiu” e que, por isso, você precisa cancelar o pedido no app e pagar diretamente a ele por fora, geralmente via PIX. O objetivo é roubar o valor do seu pedido, que nunca será entregue.
A regra de ouro é: toda a comunicação e pagamento devem ser feitos dentro do app. Se receber uma ligação com um pedido suspeito, não cancele e não pague. Use o chat oficial do iFood para falar com o restaurante ou com o suporte.
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Fui vítima, o que fazer imediatamente
- Ação financeira: se você foi cobrado a mais na maquininha ou fez um PIX indevido, contate seu banco imediatamente. Peça o estorno (chargeback) da compra no cartão ou a ativação do Mecanismo Especial de Devolução (MED) para o PIX.
- Denúncia na plataforma: abra um chamado no suporte do iFood pelo próprio aplicativo. Informe todos os detalhes do ocorrido, como o nome do restaurante e do entregador, e anexe as provas. A plataforma precisa investigar o caso.
- Denúncia formal: registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil. O crime é estelionato e sua denúncia é fundamental.
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Como se proteger e usar o iFood com segurança
A base da segurança ao usar o iFood é centralizar todas as suas ações — desde o pedido e a comunicação até o pagamento e o rastreio — exclusivamente dentro do ambiente protegido do aplicativo oficial.
- Pague sempre que possível diretamente pelo aplicativo. É a forma mais segura.
- Nunca clique em links de supostas promoções do iFood que chegam por WhatsApp ou redes sociais.
- Se for pagar na entrega, confira o valor na maquininha com calma antes de usar seu cartão.
- Use o chat oficial do iFood para se comunicar com o restaurante ou com o suporte.
Este guia serve como um alerta educacional. A engenharia social por trás desses golpes explora a conveniência e a pressa. Uma pequena pausa para verificação protege seu dinheiro. Para mais orientações, consulte os canais do Procon.