Criminosos exploram a estabilidade financeira e a boa-fé de pessoas com 60 anos ou mais para aplicar golpes de engenharia social devastadores. Veremos hoje, 21/11, que usando o nome do INSS, falsas centrais bancárias ou fingindo ser familiares em apuros, eles miram nas economias de uma vida inteira e causam prejuízos emocionais graves.
Por que pessoas com mais de 60 anos são o alvo principal?
Golpistas focam neste público por saberem que muitos recebem aposentadoria do INSS ou pensões, garantindo uma renda fixa para roubar. Além disso, exploram a solidão e a tendência a confiar em figuras de autoridade para facilitar a manipulação.
A falta de familiaridade com tecnologias recentes, como o Pix, torna os idosos mais vulneráveis a links falsos. Os criminosos aproveitam essa dificuldade técnica para oferecer uma suposta “ajuda” que resulta no roubo de dados sensíveis.

Como os criminosos usam o nome do INSS e dos bancos?
O golpe da “prova de vida online” é frequente, onde o fraudador liga exigindo dados ou fotos para não bloquear o benefício. É crucial lembrar que a prova de vida do INSS é feita automaticamente cruzando dados do governo, sem pedir nada por mensagem.
Outra tática comum é a do “empréstimo consignado fantasma”, onde valores não solicitados aparecem na conta gerando dívidas futuras. Bancos e o governo nunca entram em contato ativo por WhatsApp pedindo senhas ou cobrando taxas para liberar valores.
De que maneira funciona o golpe do falso parente?
O criminoso entra em contato por mensagem fingindo ser um filho ou neto que “trocou de número” ou sofreu um acidente. Com uma história convincente e urgente, ele pede uma transferência imediata via Pix para resolver a suposta emergência.
A manipulação é tão forte que a vítima age pelo instinto de proteção, sem verificar a veracidade dos fatos ligando para o número antigo. Os bandidos insistem para que o idoso não desligue o telefone, mantendo-o sob pressão psicológica constante.
No vídeo a seguir, o canal Portal D’oro explica como funciona o golpe do falso parente:
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Como diferenciar a abordagem criminosa da realidade?
A família e o próprio idoso devem desconfiar imediatamente de contatos que exigem segredo absoluto ou decisões financeiras rápidas. A tabela abaixo ajuda a distinguir rapidamente uma abordagem segura de uma armadilha criminosa.
| O que o Golpista Diz (Sinal Vermelho) | O que Você Deve Fazer (Realidade) |
| “Seu neto trocou de número, salve este novo.” | Ligue para o número antigo para confirmar a voz. |
| “O INSS vai bloquear seu pagamento hoje.” | Consulte o status apenas no app oficial Meu INSS. |
| “O banco mandou um motoboy buscar seu cartão.” | O banco nunca recolhe cartões na casa do cliente. |
Fique atento aos seguintes comportamentos suspeitos que indicam uma tentativa clara de extorsão ou fraude financeira:
- Pedidos de dinheiro urgentes vindos de números desconhecidos no WhatsApp.
- Ligações de supostos gerentes de banco pedindo a entrega do cartão a um motoboy.
- Mensagens sobre bloqueio de benefício contendo links estranhos não oficiais.
Fui vítima e perdi dinheiro, como devo agir imediatamente?
Se houve transferência de valores, entre em contato na hora com o banco e solicite o MED (Mecanismo Especial de Devolução). Ofereça apoio emocional à vítima, pois a culpa é exclusivamente dos criminosos, e jamais a critique por ter caído na manipulação.
A formalização do crime é obrigatória para proteger o idoso e ajudar nas investigações policiais seguindo estes passos:
- Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do seu estado.
- Denuncie o número do golpista no aplicativo de mensagens.


