São Paulo, 31 de maio de 2023 – O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio
Vargas caiu 0,8 ponto em maio, para 111,8 pontos, nível ainda elevado, mas o menor desde fevereiro
deste ano (111,7 pts.).
"À exceção de março passado – quando o indicador subiu muito, alcançando 116,7 pontos – desde
setembro do ano passado o IIE-Br vem oscilando na estreita faixa entre 111,7 e 113,3 pontos, um
patamar desconfortável de incerteza econômica. Em maio, a discreta queda é explicada
exclusivamente pelo componente de Mídia, já que o componente de Expectativas caminhou em sentido
oposto.
Se, por um lado, o avanço da proposta de um novo arcabouço fiscal, a relativa resiliência da
atividade econômica e os sinais de desinflação têm influenciado positivamente o cenário do
país, estes mesmos sinais de alívio nos preços têm implicado em revisões das previsões de
inflação por muitos dos especialistas consultados pelo Bacen, aumentando a dispersão das
projeções no horizonte de 12 meses. A convergência do indicador para níveis mais confortáveis
no futuro dependerá da continuidade na construção de um cenário macroeconômico mais
favorável", afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Em maio, o componente de Mídia caiu 2,0 pontos, para 110,1 pontos, menor nível desde novembro de
2019 (103,6 pts.), contribuindo negativamente com 1,7 ponto para a evolução do índice agregado.
O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis
macroeconômicas, subiu pela terceira vez seguida, agora em 4,7 pontos, para 114,0 pontos,
contribuindo positivamente com 0,9 ponto.
Este é o maior nível do componente de Expectativas desde dezembro do ano passado (117,9 pts.).
Camila Brunelli / Agência CMA
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