As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda, após apresentação do novo arcabouço fiscal.
A nova regra vai limitar o crescimento dos gastos a 70% da alta na receita, mas há exceções, como Fundeb e piso da enfermagem. A proposta substitui o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.
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O arcabouço também pretende zerar déficit já no próximo ano e deixar as contas no azul a partir de 2025. Pela proposta, a dívida pública ficará estabilizada em 2026.
Segundo Marcos Bredda De Marchi, economista chefe da Oriz Partners, as taxas DI estão reagindo de maneira positiva às notícias das últimas horas.
Temos algo concreto a trabalhar em cima, ainda que tenhamos bastante dúvida com a sustentabilidade da relação dívida/PIB. Temos um ponto de partida: com expectativa de arrecadação, receita, quais serão os mecanismos de ajuste de gasto, disse.
A Bolsa mantém-se em alta reagindo bem ao tão esperado arcabouço fiscal, regra que substitui o teto de gastos. Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamentos e Orçamento, Simone Tebet anunciaram há pouco o marco fiscal, que trouxe mecanismos anticíclicos e descarta criação de impostos e alíquotas.
Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, disse que é uma regra fiscal teve uma boa reação no mercado no primeiro momento. “Não temos o texto formal, mas os mecanismos de maneira geral agradaram porque já se tem algo para se trabalhar e, no curto prazo, deve apaziguar o mercado, vamos continuar observando. A ministra do Planejamento garantiu a execução de ser crível. Não vai resolver os problemas do Brasil, mas é o primeiro passo. Precisa trabalhar a tramitação [no Congresso], com texto formalizado e a própria consequência da política monetária e ancorar as expectativas para reduzir a taxa de juro”.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
Imagem: unsplash.com
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