A chance do Federal Reserve (Banco Central dos EUA) cortar os juros dos Estados Unidos até setembro aumentou para 67,7% nesta manhã, após a divulgação da inflação medida pelo índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), segundo o monitoramento do CME Group.
O dado divulgado pelo Departamento de Trabalho nesta manhã de quinta-feira (13), registrou uma deflação (queda nos preços) de 0,2% em maio, abaixo das projeções do mercado – o BTG Pactual projetava uma inflação de 0,1%. Na comparação anual, o PPI se manteve estável em 2,2%.
Segundo o Departamento, a queda nos preços pode ser atribuída a uma queda de 0,8% no índice para bens de demanda final.
Dados de inflação elevaram chances de corte nos juros
Desde a manhã de ontem (12), as chances do Fed cortar os juros pela primeira vez desde 2020 ganharam força após a divulgação da inflação ao consumidor, que permaneceu estável em maio.
O comunicado do banco central após a manutenção dos juros no intervalo de 5,25% a 5,50%, reforçou o tom de cautela da autoridade monetária, que visa levar a inflação novamente para a meta de 2,0% ao ano.
No entanto, mesmo com o discurso cauteloso do Fed, o mercado precifica um corte de 0,25% em 61,1% para a reunião de setembro, enquanto um corte de 0,5% é precificado em 6,6%. A possibilidade de uma manutenção está em 32,3% até o momento.
Em maio, o núcleo do PPI, recuou levemente para 2,3%, em uma queda de 0,1% em relação a abril.
Pedidos de auxílio-desemprego seguem em alta
Nesta manhã, o Departamento de Trabalho também divulgou os dados sobre o número de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. Na semana encerrada em 8 de junho, os pedidos subiram 13 mil, para 242 mil solicitações. Esse foi o maior número em 10 meses, desde os 248 mil pedidos em agosto do ano passado.
O dado veio acima das expectativas do mercado, que previam 225 mil pedidos. O Departamento anunciou também a revisão no número de solicitações realizadas na semana anterior de 219 mil para 221 mil.