A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) terá que reduzir a sua participação na Usiminas (USIM5) de 12,9% para menos de 5% do capital social, após descumprir o prazo para a venda das ações da companhia mineira.
Segundo a Usiminas, a decisão judicial que obriga a venda está correndo em segredo de justiça e corresponde ao Termo de Compromisso de Desempenho (TCD), celebrado em 2014 entre a CSN e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Disputas na Justiça entre CSN e Ternium
Na última sexta-feira (26), a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) já havia mantido a decisão de que a CSN terá que reduzir a sua participação na Usiminas.
A siderúrgica mineira recorreu ao Cade anteriormente com a intenção de se proteger de uma concorrente, após a CSN adquirir 17,43% do seu capital, tornando-se a maior acionista individual.
Além disso, as disputas entre CSN e Ternium envolvendo a Usiminas já chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ocasião, a siderúrgica ítalo-argentina foi condenada a indenizar a empresa brasileira em R$ 5 bilhões. A CSN alega que houve uma mudança no controle da Usiminas quando a Ternium comprou uma fatia de 27,7% das ações em 2011.
Ações da Usiminas despencam
Em dias movimentados, a Usiminas também viu as suas ações despencaram no pregão da última sexta-feira (26). Após a divulgação do balanço do segundo trimestre, os papéis da siderúrgica caíram 22,57%.
Em um balanço fraco, a Usiminas registrou um prejuízo líquido de R$ 100 milhões entre abril e junho deste ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 247 milhões, 33% abaixo do mesmo período do ano passado.
Nesta segunda, as ações da Usiminas continuam caindo. Às 11h15, a USIM5 recuava 3,95%, negociada a R$ 6,08.
Imagem: Alexandre Mota