Os papéis da XP Investimentos caíram mais de 18% nesta sexta, após a divulgação de uma queda no lucro no último trimestre de 2022. Por volta das 15h (horário de Brasília), as ações caiam 18,75% a US$ 12,91.
A XP Inc. fechou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 783 milhões, uma queda de 24% em comparação ao reportado de julho a setembro e de 21% ao mesmo período de 2021. Já para 2023, a companhia projeta um resultado ente R$ 3,8 bilhões e R$ 4,4 bilhões.
A captação líquida foi de R$ 31 bilhões no último trimestre de 2022, queda de 11% em relação ao terceiro trimestre e de 36% no comparativo anual.
No dia anterior ao tornarem público o balanço desastroso, coincidentemente, vazou na imprensa uma carta do fundador e controlador da XP, Guilherme Benchimol, em que critica a postura dos assessores empresa.
Na carta vazada com intuído de “compartilhar um insight”, ele afirma que “o sucesso nos fez perder […] um pouco da humildade”. Além disso, o único fundador que ainda permancece na empresa, disse que “alguns grandes líderes se transformaram em burocratas e que times comerciais se transformaram em analistas políticos”.
Na mensagem, Benchimol ainda diz que a média de abertura de contas com investimento acima de R$ 300 mil é de “incríveis” 0.3 por assessor/mês, e que, os colaboradores supostamente abandonaram “clientes que tanto confiaram” na XP.
Após a companhia reportar os resultados, que não conseguiram agradar o mercado financeiro, o banco Credit Suisse (CS) classificou a empresa como “underperform” (abaixo da média do mercado), logo, reduziu a estimativa de preço-alvo de US$ 27 para US$ 15.
Há três meses, a XP entrou na onda de demissões em massa que ocorreram em diversas empresas ligada as áreas de finanças e/ou tecnologia. Segundo o Brazil Journal, a casa de investimentos demitiu 700 funcionários; entre profissionais da comunicação até engenheiros de software.
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