O dólar comercial fechou em alta de 0,34%, cotado a R$ 5,2190. O movimento refletiu a dificuldade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) controlar a inflação norte-americana, sentimento reiterado após a alta de 3% do varejo em janeiro ante dezembro, muito acima das projeções do mercado (+1,9%). Já no âmbito doméstico, o mercado recebeu positivamente a promessa, feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de um arcabouço fiscal para março.
“Acho que a taxa terminal será de 5,5% e não vejo cortes tão cedo. De qualquer maneira, isso afeta pouco o Brasil, desde que façamos a lição de casa”, disse Weigt, referindo-se à definição do arcabouço fiscal e aprovação da reforma tributária.
Weigt entende que a garantia de Haddad de que até março as diretrizes fiscais estarão definidas abrem portas para a revisão das metas de inflação e o início no corte da Selic (taxa básica de juros) ainda neste semestre.
Para a economista do Banco Ourinvest Cristinane Quartaroli, “o dólar segue pressionado pelas discussões da meta de inflação e autonomia do Banco Central (BC). O aceno do presidente do BC (Roberto Campos Neto) ao ministério da Fazenda e a sinalização de que não haverá discussão sobre meta de inflação na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta semana pode trazer algum alívio do câmbio por aqui. Contudo, o possível reajuste adicional do salário mínimo pode esfriar alguma melhora adicional”.
Paulo Holland / Agência CMA
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