A Usiminas, uma das principais siderúrgicas do Brasil, anunciou na noite de segunda-feira (11) o desligamento do alto-forno 1 em sua usina de Ipatinga (MG). O presidente da empresa, Marcelo Chara, revelou que o aumento significativo nas importações de aço, especialmente da China, motivou essa decisão impactante.
Chara alertou para o impacto devastador que um aumento de 50% nas importações de aço, principalmente proveniente da China, está causando à indústria brasileira. O desequilíbrio no mercado tem afetado toda a cadeia de produção industrial, levando a Usiminas a tomar medidas para proteger sua operação.
Medidas de defesa comercial necessárias
Diante desse cenário, o presidente da Usiminas enfatizou a necessidade de o Brasil adotar medidas de defesa comercial contra os produtos chineses, classificados por ele como subsidiados. O executivo alerta para a urgência de ações que equilibrem o mercado e protejam a indústria nacional.
Investimentos e projetos estratégicos em curso
Chara destacou a importância da finalização da reforma do alto-forno 3, resultado de um investimento de R$ 2,7 bilhões. A unidade, em operação comercial, tem a perspectiva de atingir sua capacidade total de produção de 3 milhões de toneladas de ferro-gusa por ano, um salto significativo em comparação aos 600 mil toneladas de cada forno pequeno.
Compromisso ambiental e social da Usiminas
Além das questões de produção, o presidente reforçou o compromisso da Usiminas com a comunidade local. A empresa mantém como prioridade iniciativas que reduzam o impacto ambiental e promove um diálogo aberto com a população. Chara enfatizou o investimento contínuo em projetos sociais com foco na educação, totalizando cerca de R$ 2 bilhões nos últimos anos.
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