As vendas no varejo restrito, que excluem veículos e materiais de construção, recuaram 1% em junho deste ano na comparação com maio, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (14), pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esta foi a primeira queda do índice após cinco meses de alta. A queda foi mais acentuada do que as expectativas do mercado, que previam um recuo de 0,15%.
Vendas no varejo crescem no 1º semestre
Na comparação com junho do ano passado, as vendas no varejo aumentaram 4%, também abaixo da expectativa de crescimento de 6%. No acumulado do primeiro semestre, o setor registra um crescimento de 5,2%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento foi de 3,6%.
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo restrito, veículos, motos, partes e peças, material de construção e o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas apresentou uma leve variação positiva de 0,4% na série ajustada sazonalmente. Já a média móvel trimestral manteve-se estável.
Em termos setoriais, o desempenho foi dividido. Entre os setores com queda estão: Hiper e supermercados (-2,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%).
Por outro lado, alguns segmentos registraram crescimento, como Combustíveis e lubrificantes (0,6%); Equipamentos de escritório e informática (1,2%); Artigos farmacêuticos e de perfumaria (1,8%); e Móveis e eletrodomésticos (2,6%).
Destaques do varejo ampliado
Entre os destaques do comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças teve um aumento significativo de 3,9% em junho em comparação a maio. O setor de material de construção também apresentou crescimento relevante, com alta de 4,8%.
Em comparação a junho de 2023, seis dos oito setores investigados pelo IBGE ficaram no campo positivo, destacando-se Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 15,1%. Por outro lado, combustíveis e lubrificantes (-4,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,1%) registraram queda.
*Com informações da Agência CMA.
Imagem: Valter Campanato