O governo chinês pretende aliviar as restrições aos empréstimos das empresas do setor imobiliário, amenizando a rigorosa política de “três linhas vermelhas” que acarretou em uma das maiores crises imobiliárias da história do país.
Pequim deve permitir que empresas do ramo possam aumentar os níveis de alavancagem – ao aumentar o limite de empréstimos e o período de carência da dívida. Assim, segundo a Bloomberg, as empresas vão ter melhores condições para arcar com suas dívidas.
A medida é mais uma resposta à crise que se arrasta desde o ano passado com construtoras afogadas em dívidas e compradores que pararam de pagar as mensalidades. O setor imobiliário representa um quarto do PIB chinês.
A incorporadora imobiliária chinesa, Evergrande Group, que era maior do país antes da crise, está sufocada por dívidas desde 2021, somando mais US$ 300 bilhões no total. No mês passado, cerca de US$ 20 bilhões em títulos do mercado internacional, parte do passivo da empresa, foram considerados inadimplentes por agências de classificação após o não pagamento dos cupons.
De um ano para cá, a empresa viu seus ativos (EGRNF), negociados nos EUA, caírem mais de 85%.
A política das “três linhas vermelhas” foi implementada em 2020, quando o governo local limitou o quanto as construtoras poderiam pegar de empréstimo nos bancos.
Imagem: Piqsels