Na manhã desta quinta-feira (07), as ações da Sabesp (#SBSP3), companhia responsável pelo saneamento básico no estado de São Paulo, abriu em queda de 1,65%, chegando a ser negociada a R$ 67,85. A baixa nos papéis acontece um dia após a privatização da empresa ser aprovada na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
A queda vai na contramão da tendência dos ativos em 2023, já que, só neste ano, eles tiveram uma guinada de 28,53%, uma vez que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, sempre deixou claro sua intenção de tornar a empresa privada.
Apesar da recente queda, analistas da XP e do BTG Pactual destacaram o possível potencial de valorização da companhia, as duas casas apostam que o papel deve chegar em R$ 80, ou seja, alta de mais de 17%.
O que acontece com a Sabesp agora?
O próximo passo consiste em transformar o projeto em lei, por meio da sanção do governador, para viabilizar a desestatização da Sabesp até o final do primeiro semestre de 2024, conforme previsto pela empresa. A aprovação do texto ainda será submetida à Câmara Municipal de São Paulo.
Além disso, o governo fará reuniões com os 375 municípios atendidos pela empresa para elaborar documentos sobre cada contrato, envolvendo consultas e audiências públicas.
O governo também deve determinar a diluição de sua participação, a arrecadação esperada e a precificação da operação, com os detalhes a serem revelados em janeiro, quando os estudos elaborados pela International Finance Corporation (IFC), vinculada ao Banco Mundial, estiverem finalizados.
Caso seja aprovado, o formato de privatização adotado será a oferta subsequente de ações, conhecida como “follow on”, considerando que a empresa já possui ações negociadas na Bolsa. Atualmente, o valor de mercado da empresa é aproximadamente R$ 46 bilhões.
No final de tudo, a saneadora terá de passar pela aprovação da CVM (Comissão de Valores Imobiliários) para que assim possa fazer sua oferta pública de ações.
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