As ações da Embraer, gigante da aviação, mais do que dobraram em 2024 após o governo, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), injetar cerca de R$ 5 bilhões na companhia.
A perspectiva, que segue positiva, favorece o próprio banco, que possui uma participação acionária de mais de 5% e ganha dinheiro com a valorização das ações da empresa.
O voo da Embraer é o assunto deste episódio do podcast Ligando os Pontos, apresentado pelo CEO do Monitor do Mercado, Marcos de Vasconcellos.
Investimentos para a Embraer
Do total investido pelo BNDES, R$ 4,5 bilhões foram para viabilizar a exportação de 32 jatos comerciais para a American Airlines, enquanto um empréstimo de R$ 500 milhões foi concedido para que a subsidiária EVE Mobility construa uma fábrica para desenvolver drones de transporte de pessoas em São Paulo.
Segundo registros do próprio banco, é a primeira vez que fazem este tipo de investimento para a Embraer desde 2013.
A empresa também tem projetos em desenvolvimento, como um possível concorrente do Boeing 737, que dependem apenas da manutenção de uma base de clientes sólida e do contínuo apoio do governo.
Mesmo com o forte desempenho de mercado, Marcos chama atenção para uma possível concentração de clientes e dependência de financiamento estatal.
BTG Pactual recomenda compra
Segundo o BTG Pactual, a relação entre o valor da empresa (enterprise value) e seu potencial de geração de caixa (EBITDA) se mantém competitiva em comparação a outros gigantes da aviação, como Boeing e Airbus.
O banco recomenda a compra das ações, estimando um preço-alvo de R$ 55, cerca de 10% acima da cotação registrada nesta sexta-feira (25), de R$ 49,93.