As bolsas europeias encerraram o pregão desta quarta-feira (data) com tendência de alta, impulsionadas pelo otimismo dos investidores em relação às recentes declarações do Banco Central Europeu (BCE). As falas do dirigente François Villeroy de Galhau alimentaram a esperança de que o ciclo de elevação das taxas de juros tenha chegado ao fim, gerando um ambiente propício ao risco nos mercados financeiros.
Durante o dia, o índice Eurostoxx apresentou um aumento de 0,99%, atingindo os 466,18 pontos por volta das 13h15 (horário de Brasília). O cenário positivo se estendeu por outras praças europeias:
- FTSE 100 (Londres): subiu 1,04%, alcançando os 7531,59 pontos;
- DAX (Frankfurt): avançou 1,09%, registrando 16392,76 pontos;
- CAC 40 (Paris): teve um ganho de 0,49%, fechando aos 7346,83 pontos.
Movimentos similares foram observados em Milão, Madri e Lisboa, com altas variando entre 0,49% e 0,69%.
Perspectiva de flexibilização impulsiona demanda por ativos de risco
Villeroy de Galhau afirmou hoje que o BCE concluiu seu ciclo de aperto monetário, a menos que ocorram eventos inesperados. Segundo informações da Bloomberg, ele destacou que as discussões sobre cortes devem surgir em 2024 e salientou a rapidez do processo desinflacionário na zona do euro. Essas declarações sugerem uma possível flexibilização na política econômica, o que tende a estimular a procura por ativos de risco, como ações.
A reação positiva das bolsas ganhou força após a divulgação de uma série de Índices de Gerentes de Compra (PMIs). Esses dados apontaram não apenas melhorias na indústria local, mas também evidenciaram a expansão da atividade econômica na China, uma peça crucial no comércio mundial e na demanda por commodities.
Mineradoras se destacam com impulso do PMI da China e perturbações na produção de cobre
De acordo com o banco Berenberg, a economia da Zona Euro, voltada para exportações, é mais influenciada pelo ciclo industrial global do que pelas taxas do BCE, que são menos restritivas do que as dos EUA e do Reino Unido. Prevê-se um crescimento econômico ligeiramente superior à taxa anterior, impulsionado também por estímulos fiscais e interrupções na produção de cobre em países sul-americanos.
As mineradoras se destacaram nesse cenário positivo, impulsionadas pelo PMI da China e notícias de perturbações na produção de cobre na América do Sul. Em Londres, empresas como Anglo American, Antofagasta, Rio Tinto e Glencore registraram altas significativas, variando entre 3,64% e 7,52%.
Com informações do Broadcast
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