Os principais índices de ações do mercado europeu fecharam o pregão desta quinta-feira em campo misto, após o Banco Central Europeu (BCE) confirmar as expectativas dos analistas ao aumentar as taxas básicas de juros em 0,75 ponto percentual (pp) para reduzir a inflação.
Os mercados também foram impulsionados por dados que mostraram que o crescimento econômico dos Estados Unidos se recuperou mais do que o esperado no terceiro trimestre. No período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou 2,6%, acima da previsão dos analistas de 2,3%.
Na Europa, as atenções hoje se voltaram ao BCE. Além de elevar os juros, o banco central também sinalizou a necessidade de mais altas e anunciou que cortará o subsídio aos bancos por meio de empréstimos ultra-baratos de três anos chamados Targeted Longer-Term Refinancing Operations ou TLTROs.
“Na atual conjuntura de recessão iminente e alta incerteza, normalizar a política monetária é uma coisa, mas entrar em território restritivo é outra. Com o aumento da taxa de hoje, o BCE chegou muito perto do ponto em que o normal pode se tornar restritivo”, diz o chefe global de macro do ING, Carsten Brzeski.
Enquanto isso, a temporada de balanços segue no radar. Os principais resultados corporativos na quinta-feira vieram do Credit Suisse, Shell, Unilever e TotalEnergies, com as ações do Credit Suisse caindo 12% depois que o banco anunciou um grande prejuízo no terceiro trimestre.
Na frente dos dados econômicos, oíndice de confiança do consumidor alemão GfK para novembro ficou em -41,9 pontos, depois de marcar -42,8 pontos em outubro, à medida que a Alemanha luta com custos de energia crescentes e desaceleração do crescimento.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus no fechamento:
FTSE-100 (Londres): +0,25%, 7.073,69 pontos
DAX-30 (Frankfurt): +0,12%, 13.211,23 pontos
CAC-40 (Paris): -0,41%, 6.253,05 pontos
FTSE MIB (Milão): +0,90%, 22.590,4 pontos
IBEX-35 (Madri): +0,80%, 7.933,40 pontos
SMI-20 (Zurique): -0,98%, 10.711,00 pontos
PSI-20 (Lisboa): -0,30%, 5.675,58 pontos
Larissa Bernardes / Agência CMA
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