O Ibovespa abriu o dia em queda com os investidores repercutindo o Indice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em outubro, prévia da inflação, e as eleições seguem no radar no mercado.
As atenções também para o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina amanhã em que os membros decidem sobre a taxa de juros do País (Selic). O consenso é pela manutenção da Selic em 13,75% ao ano (aa).
Após, meses de deflação, o IPCA-15 registou alta de 0,16% em outubro na comparação mensal e o mercado previa avanço de 0,10%. Em 2022, o índice acumula alta de 4,80%.
Os investidores ainda ficam atentos à temporada de balanços por aqui com Telefônica (VIVT3), Neoenergia (NEOE3) e Indústrias Romi (ROMI3), após o fechamento e acompanham os resultados nos Estados Unidos de grandes companhias como Alphabet e Microsoft e ficam de olho no índice de confiança ao consumidor para outubro nos Estados Unidos.
A China também fica no radar dos investidores após a concretização de Xi Jinping no poder por mais cinco anos e sua posição em relação à política de covid zero e controles de setores estratégicos.
Por aqui, a Petrobras (PETR3 e PETR4) divulgou relatório trimestral de produção e venda. A produção total de petróleo da empresa somou 2,64 milhões de barris de óleo (boed) no 3T22, uma queda de 6,6% na comparação anual e um recuo de 0,3% em relação ao 2T22. O resultado pode influenciar no preço das ações.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em dezembro tinha leve queda de 0,55%, aos 117.385 pontos. Os índices futuros norte-americanos caíam e as bolsas europeias operavam mistas. Na Ásia, a maioria fechou em queda.
Segundo analistas da Commcor Corretora, os investidores repercutem o PICA-15 e ficam à espera do índice de confiança ao consumidor nos Estados Unidos.
Para os analistas da Ajax Capital, a Bolsa “pode se recuperar após o tombo da véspera, entretanto, a incerteza com a política econômica do futuro governo deve continuar a pesar”. As pesquisas divulgadas ontem indicaram um quadro mais favorável ao ex-presidente Luiz Inácio Luiz da Silva, desagradando o mercado.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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