A Prio (PRIO3) registrou um lucro líquido de US$ 1,07 bilhão no quarto trimestre de 2024, o que representa um salto de 231% em relação ao valor registrado no ano anterior. No acumulado do ano, o lucro foi de US$ 1,73 bilhão, alta de 60% em relação a 2023.
Segundo a companhia, o crescimento expressivo do lucro se deve à integração de um crédito fiscal da PRIO Forte S.A., relacionado à transferência de ativos dos campos de Frade, Albacora Leste e Wahoo.
- 💰 Seu dinheiro escapa e você nem percebe? Baixe grátis a planilha que coloca as finanças no seu controle!
Receita e Ebitda em queda
A Prio registrou receita líquida de US$ 488,8 milhões no quarto trimestre, um recuo de 23% que, segundo a companhia, se explica pela queda de 13% na produção do período e de 16% dos “offtakes” (contratos com entregas futuras).
A cotação média do petróleo Brent no período foi 11% inferior à do quarto trimestre de 2023, o que também impactou o resultado.
O Ebitda ajustado da Prio recuou 30% entre outubro e dezembro de 2024, para US$ 322,3 milhões. O Ebitda ajustado no ano teve queda de 7%, para US$ 1,71 bilhão.
No acumulado de 2024, a receita líquida foi de US$ 2,27 bilhões, uma queda de 5% em relação a 2023.
Queda na produção e endividamento
A produção total da Prio entre outubro e dezembro foi de 87.581 barris de óleo equivalente por dia (boepd), queda de 12,7% ante o mesmo trimestre de 2023 e alta de 24,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. A maior produção ocorreu no Campo de Frade, com 40.662 boepd.
O custo de produção, conhecido como lifting cost, encerrou o último trimestre de 2024 em US$ 11,1 por barril, uma alta de 62,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No fim de dezembro, a dívida líquida da Prio era de US$ 2,32 bilhões, um aumento de US$ 1,5 bilhão em relação ao trimestre anterior.
A alavancagem (dívida líquida por Ebitda ajustado) encerrou o período em 1,2 vez, ante 0,5 vez no terceiro trimestre.
Certificação de reservas da Prio
A Prio divulgou sua nova certificação de reservas, que atingiu 687,8 milhões de barris de óleo (MMbbl/d), uma alta de 28,1% em relação a janeiro de 2024, segundo levantamento da consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M) e incluiu os clusters Polvo e TBMT, Frade, Wahoo e Albacora Leste.
No campo de Wahoo, as reservas aumentaram 53,8%, chegando a 122,7 MMbbl/d, impulsionadas por uma decisão favorável à Prio em um processo de arbitragem. No entanto, houve um ajuste no investimento (CAPEX) total de US$ 830 milhões para US$ 850 milhões, devido a atrasos no licenciamento ambiental.
No campo de Frade, algumas reservas foram revisadas para baixo, refletindo um desempenho inferior de certos poços.
Já em Albacora Leste, houve uma leve queda de 1,1% nas reservas certificadas, devido a adiamentos no plano de revitalização do campo.
- 🔥 Quem tem informação, lucra mais! Receba as melhores oportunidades de investimento direto no seu WhatsApp.
Recomendações para as ações da Prio (PRIO3)
Segundo a XP, o resultado da Prio no quarto trimestre ficou ligeiramente acima das expectativas. No entanto, a corretora destacou que, apesar das vendas mais fortes, os preços menores afetaram o desempenho.
Com base nos resultados, a XP mantém a recomendação de compra para as ações da Prio, com preço-alvo de R$ 66.
O Goldman Sachs considera que os resultados da empresa ficaram em linha com as expectativas, com receitas alinhadas ao Brent, mas custos de remoção aumentaram devido à inclusão do campo de Peregrino.
A partir dos resultados e perspectivas, foi mantida a recomendação de compra sobre as ações da Prio, com preço-alvo de R$ 60,30.