As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda neste final de semana com o mercado precificando rápida desinflação. Quem explica é Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura: “O mercado precificou desinflação
muito rápida, com IPCA-15 e dois cortes de combustíveis. Isso tem gerado pressão de queda nos juros”, disse.
Segundo ele, a queda dos juros globais ajudou DIs, com desmonte muito forte em posições compradas em dólar. “Juros anteciparam movimento de suavização do FED, com recessão e commodities em pico, afirmou Borsoi. “É uma aposta do mercado”, completou.
A Bolsa ganha fôlego e opera no positivo sustentada pelos papéis da Petrobras, após um desempenho muito bom no segundo trimestre deste ano e com o dividendo robusto que será pago aos acionistas, e um exterior positivo refletindo os balanços corporativos nos Estados Unidos. O que impede um maior avanço do índice é a queda expressiva das ações da Vale (VALE3), que tem peso forte no Ibovespa, impactada pelo resultado fraco no 2T22.A Bolsa deve encerrar o mês de junho valorizada.
O dólar segue em alta. Além do fechamento da Ptax (taxa utilizada pelo Banco Central como referência para moedas estrangeiras, neste caso o dólar), o movimento é de correção após sucessivas altas do real. Para o sócio da Top Gain, Leonardo Santana, “o dólar caindo é mais um alívio momentâneo, com os estímulos do governo chinês, mas não vejo ele chegando em R$ 5,00, até ficar abaixo dos R$ 5,20 será difícil. Considero que está em um patamar justo”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h50 (de Brasília):
IBOVESPA: 101.183 pontos (+0,56%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,1900 (+0,50%)
DI JAN 2023: 13,805% (-0,25%)
DI JAN 2027: 12,700% (-0,35%)
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