O mercado financeiro encerrou a última semana em alta, com o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançando 2,63%, atingindo 132.345 pontos e se aproximando de sua máxima histórica. Por outro lado, o dólar manteve sua trajetória de queda, fechando abaixo de R$ 5,70.
Enquanto isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou um aumento menor da taxa Selic na próxima reunião, e o Federal Reserve (Fed) manteve os juros nos Estados Unidos.
A análise foi feita por Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Segundo Ricciardi, o mercado demonstra um comportamento mais estável, aguardando novos dados econômicos que possam direcionar os próximos movimentos de política monetária. Veja a análise na íntegra abaixo:
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Juros e dólar no radar da Bolsa brasileira
O Copom manteve a Selic em 14,25% e indicou que o próximo aumento poderá ser menor do que o registrado na última reunião. “O Banco Central já sinalizou uma desaceleração na magnitude das altas, o que pode indicar uma mudança no ritmo da política monetária”, destacou Ricciardi.
O dólar seguiu em queda, alcançando R$ 5,70 nas últimas semanas depois de bater os R$ 6,30 no final do ano passado, refletindo a percepção de menor risco e fluxos positivos para o Brasil.
Mercado monitora inflação dos EUA, após juros inalterados
O Federal Reserve manteve as taxas de juros entre 4,25% e 4,50%, conforme esperado pelo mercado. No entanto, a autoridade monetária reforçou sua preocupação com a inflação, principalmente diante das novas políticas tarifárias do ex-presidente Donald Trump, que podem pressionar os preços ao consumidor.
A decisão do Fed fez com que as taxas dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) recuassem 1,62% na semana, o que ajudou a sustentar a Bolsa.
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Semana decisiva para o mercado
Nos próximos dias, o mercado estará atento à divulgação de indicadores econômicos relevantes, como PIB e inflação nos EUA, além da ata do Copom no Brasil. “Os investidores buscarão entender melhor os próximos passos do Banco Central e do Fed para precificar os ativos”, apontou Ricciardi.
Segundo o analista, o mercado segue em compasso de espera, sem grandes oscilações, mas atento a potenciais mudanças que possam impactar as expectativas de juros e crescimento econômico.
Agenda da semana
Os investidores monitoram uma série de indicadores econômicos que podem influenciar os mercados globais nos próximos dias:
- Terça-feira (25): Ata do Copom e Produção Industrial nos EUA
- Quarta-feira (26): Investimento Direto no Brasil e Inflação na Zona do Euro
- Quinta-feira (27): PIB do primeiro trimestre dos EUA e dados de emprego americanos, IPCA-15
- Sexta-feira (28): Inflação ao produtor nos EUA (PCE) e taxa de desemprego no Brasil