O Relatório de Identidade e Fraude 2025, divulgado pela Serasa Experian, revela que metade dos brasileiros foi vítima de algum tipo de fraude no último ano. Entre os afetados, mais da metade sofreu prejuízos financeiros. O uso indevido de cartões de crédito, transações fraudulentas via Pix e golpes de phishing são os principais métodos utilizados pelos criminosos.
A pesquisa entrevistou 877 pessoas de diferentes regiões do Brasil, com idades entre 18 e 65 anos. Os dados mostram que, entre os que perderam dinheiro, a maioria teve prejuízos entre R$ 100 e R$ 1.000. Além disso, a incidência de fraudes é maior entre homens e aumenta com a idade dos entrevistados.
Quais são os principais tipos de fraudes?
Os golpes mais comuns incluem o uso indevido de cartões de crédito, responsável por 47,9% dos casos relatados. Em seguida, estão as transações fraudulentas via Pix e boletos falsos, que representam 32,8% dos casos. O phishing, que envolve o envio de e-mails ou mensagens fraudulentas para roubo de dados, foi mencionado por 21,6% dos entrevistados.
Os prejuízos financeiros variam, mas a maioria dos afetados relatou perdas entre R$ 100 e R$ 500. Apenas uma pequena parcela dos entrevistados sofreu perdas superiores a R$ 5.000. Esses dados destacam a necessidade de maior vigilância e proteção contra fraudes financeiras.
Como a tecnologia está sendo usada nas fraudes?
A tecnologia desempenha um papel duplo no cenário das fraudes. Por um lado, métodos como a biometria facial estão sendo cada vez mais utilizados para autenticação segura, com 71,8% dos entrevistados se sentindo mais protegidos ao usá-la. Por outro lado, criminosos estão usando inteligência artificial para criar perfis falsos e tornar os ataques de phishing mais sofisticados.
As deepfakes, que utilizam IA para criar vídeos falsos com rostos e vozes sobrepostos, são uma ferramenta emergente nas mãos dos fraudadores. Essas tecnologias avançadas tornam os golpes mais convincentes e difíceis de detectar, aumentando o desafio para as empresas e consumidores.
Quais medidas estão sendo tomadas para combater as fraudes?
Recentemente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), lançou a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais. Essa iniciativa visa prevenir e reprimir golpes e crimes online, reforçando a segurança no ambiente digital.
Além disso, a Serasa Experian destaca a importância de aprimorar constantemente as tecnologias de prevenção à fraude. Combinar diferentes métodos de segurança pode fortalecer a confiança nos serviços digitais e proteger melhor os consumidores contra fraudes.
Por que os consumidores ainda confiam nos cartões de crédito?
Apesar de ser o meio mais visado por fraudes, o cartão de crédito é considerado o método de pagamento mais seguro pelos entrevistados. A confiança nesse meio aumentou de 46,3% em 2023 para 59,5% em 2024. Em contraste, a confiança no Pix e em outros métodos de pagamento digital diminuiu.
Essa confiança pode ser atribuída às medidas de segurança implementadas pelas operadoras de cartão e à facilidade de contestar transações fraudulentas. No entanto, é crucial que os consumidores permaneçam vigilantes e adotem práticas seguras ao usar qualquer método de pagamento.
