As bolsas da Europa fecharam esta segunda-feira (22) em alta, após reabrirem do feriado e acompanharem o otimismo das ações nos Estados Unidos. Segundo relatório do Bank of America (BofA), investidores estão realocando recursos de ativos norte-americanos para ações europeias.
O movimento é reflexo da perda de confiança na chamada “excepcionalidade” dos EUA — termo usado para descrever o desempenho superior da economia americana em relação a outras regiões.
Desempenho dos índices
- CAC 40 (Paris): subiu 0,56% (7.326,47 pontos);
- Ibex 35 (Madri): subiu 0,72% (13.010,60 pontos);
- PSI 20 (Lisboa): subiu 1,40% (6.830,25 pontos);
- DAX (Frankfurt): subiu 0,41% (21.293,53 pontos);
- FTSE 100 (Londres): subiu 0,64% (8.328,60 pontos);
- FTSE MIB (Milão): caiu 0,09% (35.947,89 pontos).
Tensões sobre o Federal Reserve aumentam
As incertezas nos EUA também envolvem críticas à independência do Federal Reserve (Fed). O presidente Donald Trump intensificou os ataques ao Fed, o que gerou reações de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).
Ambas as instituições reforçaram a importância da autonomia dos bancos centrais e alertaram para os riscos de volatilidade nos mercados financeiros globais.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, evitou comentar diretamente sobre o Fed, mas destacou que tarifas comerciais causam perdas generalizadas e reforçou a importância do diálogo para evitar uma recessão na zona do euro.
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Projeções econômicas revisadas
A pesquisa trimestral do BCE indicou que a expectativa de inflação na zona do euro subiu para 2,2% em 2025. Por outro lado, as previsões de crescimento foram reduzidas para 0,9%, refletindo a cautela dos investidores em relação ao desempenho da economia europeia.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) também revisou para baixo sua projeção de crescimento do PIB global e elevou a previsão de inflação, apontando um cenário de maior pressão sobre a atividade econômica mundial.
Ações da Novo Nordisk em queda
Na Europa, especificamente na Bolsa de Copenhague, na Dinamarca, as ações da Novo Nordisk recuaram 7,4%, pressionadas pelo avanço da concorrente Eli Lilly, que apresentou resultados positivos de um novo medicamento para perda de peso.