Nos últimos anos, as fraudes relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) têm se tornado uma preocupação crescente para autoridades e beneficiários. Criminosos têm se aproveitado da vulnerabilidade de idosos e pessoas com deficiência, cobrando taxas ilegais para a liberação de benefícios. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) intensificou seus esforços para combater essas práticas, emitindo comunicados à população.
Esses golpes exploram a burocracia associada ao BPC, crescendo em número nos últimos meses. Por meio de mensagens, ligações e até documentos falsos, estelionatários enganam beneficiários com promessas de agilidade. Além dos prejuízos financeiros, essas fraudes comprometem a confiança no sistema previdenciário. O INSS destaca que nenhum pagamento é necessário para acessar o benefício.
Quem são os principais alvos dos golpistas?

Idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda estão entre os principais alvos dos golpistas. Muitos beneficiários, por desconhecerem os trâmites do BPC, tornam-se vulneráveis a promessas falsas. Criminosos exploram a urgência financeira dessas famílias, oferecendo supostas soluções rápidas.
Os golpes frequentemente começam com uma abordagem amigável, na qual o fraudador se apresenta como funcionário do INSS ou advogado especializado. Em seguida, alegam pendências no cadastro que podem ser resolvidas mediante pagamento. Essas taxas, que variam entre R$ 200 e R$ 400, são cobradas via transferência bancária ou boleto falso.
Quais são os métodos utilizados nas fraudes?
Os criminosos utilizam diversos meios para abordar suas vítimas, com destaque para aplicativos de mensagens e redes sociais. O WhatsApp é uma das ferramentas mais comuns, por permitir o envio de textos, áudios e documentos falsificados. Em alguns casos, os golpistas criam perfis falsos em plataformas como Facebook e Instagram, oferecendo serviços de “consultoria” para o BPC.
Além disso, ligações telefônicas continuam sendo uma tática recorrente, especialmente em regiões com menor acesso à internet. Outro método identificado envolve o envio de e-mails com links maliciosos. Ao clicar, a vítima pode ter dados pessoais roubados ou ser direcionada a páginas que solicitam pagamentos.
Como identificar sinais de alerta para evitar fraudes?
Identificar um golpe pode ser desafiador, especialmente para quem não está familiarizado com os procedimentos do INSS. No entanto, alguns sinais são claros indicadores de fraude:
- Cobrança de taxas: Qualquer pedido de pagamento para liberar o BPC é ilegal.
- Ameaças de bloqueio: Golpistas frequentemente alegam que o benefício será suspenso se o pagamento não for feito.
- Documentos suspeitos: Boletos ou contratos com erros ortográficos ou logotipos estranhos devem ser verificados.
- Contatos não oficiais: Mensagens de números desconhecidos ou perfis sem vínculo com o INSS são suspeitos.
Quais são as orientações do INSS para proteção?
O Instituto Nacional do Seguro Social tem ampliado suas campanhas de conscientização para proteger os beneficiários. Por meio de comunicados em seu site oficial e em canais de atendimento, o órgão orienta a população sobre os cuidados necessários. Uma das principais recomendações é utilizar apenas os canais oficiais para consultas e solicitações.
O portal Meu INSS, disponível na web e como aplicativo, permite acompanhar o andamento de pedidos sem a necessidade de intermediários. O telefone 135, que funciona de segunda a sábado, é outra opção segura para esclarecer dúvidas. As ligações são gratuitas de telefones fixos e o atendimento é realizado por profissionais capacitados.
Quais são os procedimentos após ser vítima de fraude?
Quem cai no golpe do BPC/LOAS deve seguir passos específicos para proteger seus direitos. O primeiro é registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito online em delegacias virtuais ou presencialmente. Notificar o INSS é crucial, ligando para o 135 e relatando o ocorrido, fornecendo detalhes como o meio de contato usado pelo golpista.
Contatar o banco é outro passo importante, informando a instituição financeira sobre qualquer movimentação suspeita, como transferências ou empréstimos. Buscar o Procon pode ajudar, pois o órgão de defesa do consumidor pode orientar sobre como proceder em casos de fraude. Além disso, monitorar o CPF regularmente é essencial para verificar se há novas movimentações indevidas.