O Federal Reserve (Fed) decidiu manter a taxa básica de juros dos EUA no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. A decisão unânime do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) foi divulgada na tarde desta “super quarta” (7).
Essa é a terceira manutenção seguida da taxa, que ocorre após três cortes de juros consecutivos, pausando o ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo.
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Os dirigentes destacaram que, embora a atividade econômica continue em ritmo sólido, a inflação segue alta — acima da meta de 2% ao ano — e os riscos para o crescimento aumentaram.
Segundo o relatório, a incerteza sobre os rumos da economia aumentou. O Fed avalia que há riscos tanto de aumento do desemprego quanto de aceleração da inflação, o que exige atenção redobrada nas próximas decisões.
Reação dos mercados
Após a decisão, às 15h10 (horário de Brasília), as bolsas de Nova York perderam força, com Dow Jones subindo 0,09%, enquanto S&P 500 virou e começou a cair 0,42%. Nasdaq recua 0,9%.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, cai 0,26%, aos 133.167 pontos. O dólar frente ao real opera em alta de 0,56%, a R$ 5,74.
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Decisão do Fed era esperada
Pouco após a abertura do mercado, às 11h (horário de brasília), 99% dos analistas cravavam a manutenção da taxa, segundo o monitoramento do CME Group (veja na imagem abaixo).

Para a próxima reunião, que será realizada em 18 de junho, a maioria das apostas também aponta para uma manutenção (69,4%). Os cortes nos Estados Unidos devem voltar a acontecer somente em julho, onde os analistas veem 75,1% de chance de corte — divididos em duas magnitudes, 0,25 e 0,5 ponto percentual.
Por que os juros dos EUA subiram tanto nos últimos anos?
Com a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a inflação dos Estados Unidos subiu exponencialmente, chegando a atingir a maior inflação em 40 anos em 2022 (9,1%).
A taxa básica de juros serve para desacelerar a economia, assim controlando a inflação. Ou seja, conforme a inflação subiu, os juros nos EUA subiam.
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Em maio de 2023, depois de 10 altas consecutivas, o Federal Reserve parece ter encontrado um intervalo estável para controlar a inflação (entre 5,25% e 5,5% ao ano). Os juros só começaram a cair em setembro de 2024, quando tivemos o primeiro corte desde 2020.