O dólar fechou esta terça-feira (7) em alta de 0,61%, a R$ 5,7454. Esse foi o terceiro pregão consecutivo de valorização da moeda americana, que atingiu o maior nível desde 17 de abril, quando fechou a R$ 5,80.
O movimento de alta do dólar foi impulsionado pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Em coletiva de imprensa, Powell adotou um tom cauteloso e evitou indicar se e quando o Fed começará a cortar juros.
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Apesar de reconhecer que a economia enfrenta riscos de aumento da inflação e do desemprego, Powell afirmou que a política monetária atual está apenas “modestamente restritiva” e que não há espaço para cortes preventivos, especialmente diante do impacto inflacionário esperado das novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump.
Hoje, o banco central norte-americano manteve a taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, como era amplamente esperado.
Nas quatro primeiras sessões de maio, o dólar sobe 1,21%. No ano, as perdas da moeda frente ao real, que já chegaram a mais de 8%, agora são de 7,04%.
Dólar sobe também no exterior
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, subiu acima dos 99,9 pontos. A moeda americana se valorizou frente à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, com exceção dos pesos mexicano e colombiano, que mostraram alguma resistência.
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Negociações entre EUA e China no radar
Além do Fed, os mercados também acompanharam o anúncio de novas rodadas de negociações comerciais entre Estados Unidos e China, previstas para começarem no sábado, na Suíça.
Do lado americano, estará o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Já a China será representada por He Lifeng, vice-primeiro-ministro e responsável pela política econômica do país.
Na véspera, o Banco Central da China (PBoC) anunciou medidas de estímulo monetário, vistas como insuficientes pelo mercado para compensar os efeitos da guerra comercial sobre a atividade econômica chinesa.
Copom decide juros no Brasil nesta noite
No cenário doméstico, os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada ainda nesta quarta-feira (7).
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A expectativa majoritária do mercado é de um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, levando-a para 14,75% ao ano. A dúvida é se o Banco Central indicará o fim do ciclo de alta ou manterá o tom cauteloso, diante do cenário internacional e das expectativas de inflação.