O Walmart (NYSE: WMT) reportou lucro líquido de US$ 4,49 bilhões em seu primeiro trimestre fiscal de 2026 — encerrado em 30 de abril —, uma queda de 12,1% na comparação anual.
Apesar do recuo no lucro, segundo o Financial Times, o presidente-executivo Doug McMillon alertou que os preços ao consumidor devem continuar subindo, mesmo após o recente acordo entre Estados Unidos e China para redução de tarifas comerciais. Segundo ele, a pressão sobre os custos permanece significativa.
“Vamos fazer o possível para manter os preços baixos, mas, mesmo com a redução, as tarifas ainda são altas. Não conseguimos absorver toda a pressão, dadas as margens apertadas do varejo”, afirma.
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O Walmart é um dos varejistas mais expostos à guerra comercial, já que um terço dos produtos vendidos nos EUA são importados, principalmente da China e do México.
Walmart manteve previsões para receita
No trimestre, o lucro por ação caiu de US$ 0,63 para US$ 0,56. Com ajustes, o ganho foi de US$ 0,61 por ação, superando a projeção dos analistas da FactSet, que era de US$ 0,57.
A receita total cresceu 2,5%, atingindo US$ 165,6 bilhões, em linha com as estimativas de mercado.
A varejista manteve suas projeções para o ano fiscal de 2026: lucro ajustado entre US$ 2,50 e US$ 2,60 por ação e crescimento das vendas líquidas entre 3% e 4%.
No pré-mercado em Nova York, as ações da empresa subiam 2,6% às 8h15 (horário de Brasília).
Incerteza no cenário global
O Walmart alertou que suas projeções estão sujeitas a “incertezas substanciais”, relacionadas a políticas comerciais, inflação e demanda do consumidor.
Para o segundo trimestre fiscal, a empresa projetou aumento de 3,5% a 4,5% nas vendas, mas não forneceu estimativa de lucro.
Segundo o CFO John David Rainey, “dada a amplitude e volatilidade do cenário, consideramos melhor não apresentar uma previsão específica de lucro no curto prazo. Mas seguimos confiantes na meta anual.”