O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,128 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024 e crescimento de 2,2% frente ao quarto trimestre do ano passado.
O desempenho divulgado nesta quinta-feira (8) foi impulsionado pela expansão das receitas com crédito e serviços, que superaram o avanço das despesas com provisões contra inadimplência e os custos operacionais. No 1º trimestre, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu para 22,5%.
Nesta manhã, os papéis do Itaú operam em alta de 2,66%, aos R$ 36,27. O otimismo do mercado com os balanços dos grandes bancos já exerceram influência sobre o Ibovespa no último pregão, com o Bradesco avançando 15% após ampliar seu lucro no 1º trimestre.
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Itaú amplia crédito com destaque para pequenas empresas
A carteira de crédito somou R$ 1,383 trilhão no fim de março, crescimento de 13,2% em 12 meses, ou 9,4% sem o efeito da variação cambial. O maior avanço foi no segmento de micro, pequenas e médias empresas, com alta de 17,7%.
A carteira para pessoas físicas cresceu 8,6%, com destaque para o crédito imobiliário, que subiu 16,7%, para R$ 131,6 bilhões. O crédito consignado ficou praticamente estável, impactado pela suspensão de novas concessões via correspondentes do INSS.
Entre grandes empresas, a carteira avançou 13%, totalizando R$ 425,3 bilhões. No total, o banco possui R$ 2,82 trilhões em ativos e patrimônio líquido de R$ 193,9 bilhões, alta anual de 10,2%.
Inadimplência e provisões sob controle
A inadimplência caiu para 2,3% da carteira total, 0,4 ponto percentual a menos que um ano antes. Entre pessoas físicas, o índice foi de 3,6%, com melhora frente ao trimestre anterior. Para micro e pequenas empresas, o indicador recuou a 1,8%.
O custo de crédito subiu 2,1% em um ano, para R$ 8,976 bilhões. As despesas brutas com provisões alcançaram R$ 9,494 bilhões, enquanto a recuperação de créditos subiu 12,9%, para R$ 1,233 bilhão.
Receita com cartões e consórcios em alta
A receita com serviços somou R$ 11,232 bilhões, avanço de 3,5% em um ano. O destaque foi a linha de administração de recursos, com alta de 11,7%, puxada pela administração de consórcios, que cresceu 40,2%.
A receita com cartões chegou a R$ 3,260 bilhões, alta de 4,7% em 12 meses. O volume de transações nos cartões do banco somou R$ 218,1 bilhões, avanço de 7,4%. Por outro lado, houve queda de 12,7% na receita com contas correntes.
Mercado destaca crescimento sólido do Itaú
O Citi classificou os resultados do Itaú como “decente”, destacando a consistência na rentabilidade. O banco apresentou um ROE de 25% no varejo e de 29% no atacado.
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Segundo os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi, os ganhos vieram de forma recorrente, com destaque para o crescimento da margem financeira com clientes, controle da inadimplência e disciplina de custos.
O banco também teve melhoria no mix de crédito, com maior participação de cartões, cheque especial e empréstimos pessoais. O Citi mantém recomendação de compra para as ações preferenciais do Itaú (ITUB4), com preço-alvo de R$ 39,98 — potencial de alta de 13,19%.