Em uma decisão significativa, a Comissão de Assuntos Econômicos aprovou um projeto de lei que amplia as condições para o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A proposta, de autoria do senador Fernando Dueire, do MDB de Pernambuco, permite que trabalhadores diagnosticados com esclerose múltipla ou esclerose lateral amiotrófica, assim como seus dependentes, possam acessar os recursos do FGTS.
Essas doenças, que afetam os neurônios motores e não têm cura conhecida, exigem tratamentos caros e contínuos. O projeto busca aliviar o impacto financeiro sobre as famílias afetadas, permitindo que o FGTS seja utilizado para cobrir parte dos custos médicos. A iniciativa foi bem recebida na comissão e agora aguarda possíveis pedidos para votação no Plenário do Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados.
Quais são os benefícios do projeto para os trabalhadores?

O projeto de lei destaca-se por proporcionar um suporte financeiro crucial para trabalhadores e suas famílias em momentos de vulnerabilidade. Atualmente, o saque do FGTS é permitido em casos de doenças graves como câncer e cardiopatias. A inclusão da esclerose múltipla e da esclerose lateral amiotrófica amplia essa rede de apoio, reconhecendo a severidade e os custos associados a essas condições.
Além de cobrir despesas médicas, o acesso ao FGTS pode auxiliar em outras necessidades financeiras que surgem devido à incapacidade de trabalho ou à necessidade de cuidados especiais. O senador Fernando Dueire compartilhou um relato pessoal sobre as dificuldades enfrentadas por sua família, ressaltando a importância de facilitar o acesso a esses recursos.
Como funciona o processo de saque do FGTS?
O saque do FGTS é um direito do trabalhador em diversas situações, como demissão sem justa causa, compra de imóvel e calamidade pública. No caso de doenças graves, é necessário apresentar documentação médica que comprove o diagnóstico. Com a aprovação do novo projeto, o processo incluirá também a comprovação de esclerose múltipla ou esclerose lateral amiotrófica.
Se o projeto for aprovado pela Câmara dos Deputados, a legislação será atualizada para incluir essas condições, simplificando o acesso ao fundo para aqueles que mais precisam. A medida visa reduzir a burocracia e garantir que o apoio financeiro chegue rapidamente às famílias afetadas.
O que esperar da tramitação do projeto?
Após a aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos, o projeto pode seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja um pedido para votação no Plenário do Senado. Se aprovado na Câmara, será um passo importante para garantir que mais trabalhadores tenham acesso ao FGTS em momentos críticos de suas vidas.
A expectativa é que a medida seja bem recebida, dado o seu potencial para aliviar o fardo financeiro de famílias que enfrentam desafios de saúde significativos. A aprovação final dependerá do consenso entre os parlamentares sobre a importância de ampliar o acesso ao FGTS para esses casos específicos.