O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, chega ao último pregão de maio com mais de 3% de alta acumulada no mês e muito próximo do seu topo histórico, mas sem força para romper novos patamares.
Ontem, o índice teve leve queda e encerrou o dia aos 138.500 pontos, pressionado por dados fortes do mercado de trabalho brasileiro e incertezas fiscais.
A surpresa positiva do mês foi o desempenho da Nvidia nos Estados Unidos. A fabricante de chips apresentou resultados acima do esperado, o que ajudou os índices americanos a sustentarem seus ganhos mesmo com uma semana mais volátil.
A análise sobre o desempenho do Ibovespa, da crise do IOF e muito mais já está disponível no episódio desta sexta-feira (30) do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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Bolsa trava com dados fortes e cenário fiscal indefinido
A taxa de desemprego no Brasil em 6,6% — abaixo do esperado — reforça a leitura de uma economia ainda aquecida, o que pode postergar cortes na taxa Selic.
O mesmo vale para o PIB do primeiro trimestre e o resultado das contas públicas de abril, que serão divulgados hoje e devem influenciar os mercados.
Além disso, a polêmica sobre o aumento do IOF segue travando o noticiário político-econômico. O governo ainda tenta justificar a medida, enquanto o Congresso articula para derrubar a decisão do Executivo. Esse embate afeta diretamente as expectativas fiscais e a curva de juros.
Maio positivo no Brasil e nos EUA
Mesmo com a cautela no fim do mês, maio foi amplamente positivo para os mercados. A bolsa brasileira acumulou mais de 3% de alta no mês e mais de 16% no ano.
O cenário externo ajudou: os EUA postergaram tarifas contra a União Europeia para julho, e os resultados corporativos — como o da Nvidia — seguem sustentando o otimismo.
Hoje, os dados nos EUA também devem movimentar os mercados. Serão divulgados o índice de preços ao consumidor (PCE), dados do setor agrícola e a confiança do consumidor. Os futuros das bolsas americanas operam perto da estabilidade, enquanto o petróleo sobe 1%, cotado a US$ 61,50.