O salário mínimo regional de Santa Catarina passará por um reajuste de 7,27% em 2025, conforme aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais. Este aumento, que afeta trabalhadores em setores como agricultura, indústria e serviços, será retroativo a 1º de janeiro de 2025. A decisão foi tomada após intensas discussões entre entidades patronais e representantes dos trabalhadores, iniciadas no começo do ano.
Instituído pela Lei Complementar 459 de 2009, o salário mínimo regional é exclusivo para empregados sem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo. Este reajuste marca o 15º ano consecutivo de consenso entre trabalhadores e entidades em Santa Catarina.
Quais são os novos valores do salário mínimo regional?
Os novos valores do salário mínimo regional foram definidos de acordo com as categorias de trabalhadores. Para aqueles que atuam na agricultura, construção civil e entregas, o valor será de R$ 1.730,00. Já os empregados no setor industrial e em empresas de comunicação receberão R$ 1.792,00.
Trabalhadores da indústria química, cinematográfica, de alimentação e comércio terão um salário de R$ 1.898,00. Por fim, o valor mais alto, de R$ 1.978,00, será destinado aos empregados da indústria metalúrgica, gráfica, de vidros e borracha, além de trabalhadores em edifícios, estabelecimentos de saúde, escolas, cultura e crédito.

Piso salarial regional de Santa Catarina (SC)
O piso salarial regional de Santa Catarina estabelece valores mínimos para diversas categorias de trabalhadores no estado que não possuem piso definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo. Para 2025, os valores são:
Faixa 1 – R$ 1.730,00
- Principais Categorias (Exemplos):
- Trabalhadores na agricultura e na pecuária;
- Indústrias extrativas e beneficiamento;
- Empresas de pesca e aquicultura;
- Empregados domésticos;
- Indústrias da construção civil;
- Indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos;
- Estabelecimentos hípicos;
- Empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral (excetuando-se os motoristas com piso em convenção).
Faixa 2 – R$ 1.792,00
- Principais Categorias (Exemplos):
- Indústrias do vestuário e do calçado;
- Indústrias de fiação e de tecelagem;
- Indústrias de artefatos de couro;
- Indústrias do papel, papelão e cortiça;
- Empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
- Empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
- Empregados em empresas de comunicações e telemarketing;
- Indústrias do mobiliário.
Faixa 3 – R$ 1.898,00
- Principais Categorias (Exemplos):
- Indústrias químicas e farmacêuticas;
- Indústrias cinematográficas;
- Indústrias da alimentação;
- Empregados no comércio em geral;
- Empregados de agentes autônomos do comércio.
Faixa 4 – R$ 1.978,00
- Principais Categorias (Exemplos):
- Indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
- Indústrias gráficas;
- Indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
- Indústrias de artefatos de borracha;
- Empregados em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
- Empregados em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares;
- Empregados em turismo e hospitalidade;
- Empregados em estabelecimentos de serviços de saúde (enfermagem, etc.);
- Empregados em estabelecimentos de ensino (auxiliares);
- Vigilantes.
Qual é a importância do salário mínimo regional?
O salário mínimo regional desempenha um papel crucial na proteção dos trabalhadores que não têm um piso salarial definido por outras normas. Ele garante um valor mínimo de remuneração, promovendo justiça social e reduzindo desigualdades salariais. Além disso, o reajuste anual busca acompanhar a inflação e o custo de vida, assegurando que os trabalhadores mantenham seu poder de compra.
Santa Catarina é um dos poucos estados brasileiros que adotam o salário mínimo regional, juntamente com São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Esta prática demonstra um compromisso com a valorização do trabalho e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores locais.
Como o reajuste impacta a economia local?
O aumento do salário mínimo regional tem um impacto significativo na economia local. Ao elevar o poder de compra dos trabalhadores, o reajuste estimula o consumo, o que pode levar a um aumento na demanda por bens e serviços. Isso, por sua vez, pode impulsionar o crescimento econômico e gerar mais empregos.
Além disso, o reajuste pode influenciar as negociações salariais em outras categorias, servindo como referência para acordos coletivos. No entanto, é importante que o aumento seja equilibrado para não gerar pressões inflacionárias que possam anular os benefícios do reajuste.
O que esperar para o futuro do salário mínimo regional?
Com a continuidade das negociações anuais entre trabalhadores e entidades patronais, espera-se que o salário mínimo regional de Santa Catarina continue a ser ajustado de forma a refletir as condições econômicas e sociais do estado. A manutenção desse diálogo é essencial para garantir que os reajustes sejam justos e sustentáveis.
O compromisso com a valorização do trabalho e a busca por melhores condições de vida para os trabalhadores devem permanecer como prioridades nas discussões futuras. Assim, o salário mínimo regional continuará a ser uma ferramenta importante para a promoção da equidade e do desenvolvimento econômico em Santa Catarina.