O processo para obter a primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias A e B, que abrangem motos e carros, está prestes a passar por mudanças significativas em 2025. Uma das principais alterações é a inclusão obrigatória do exame toxicológico para todos os candidatos, medida que promete impactar diretamente o custo e os procedimentos para quem deseja dirigir legalmente no Brasil.
Até o momento, a exigência do exame toxicológico era restrita a motoristas profissionais das categorias C, D e E, como caminhoneiros e condutores de ônibus. Com a nova legislação aprovada pelo Congresso Nacional, essa obrigatoriedade será estendida também para quem busca a habilitação nas categorias mais comuns, ampliando o alcance da medida e trazendo novos desafios para os futuros condutores.
Por que o exame toxicológico será exigido para CNH de carro e moto?

A principal justificativa para a ampliação do exame toxicológico está relacionada à segurança no trânsito. O objetivo é identificar o uso de substâncias psicoativas que possam comprometer a capacidade de condução, como maconha, cocaína e anfetaminas. O teste possui uma janela de detecção mínima de 90 dias, permitindo identificar o consumo dessas substâncias em um período considerável antes da realização do exame.
Com a aprovação do projeto de lei 3965/21, de autoria do deputado federal José Guimarães, a obtenção da CNH para motos e carros passa a depender do laudo negativo no exame toxicológico. O resultado é sigiloso e, caso seja positivo, o candidato será impedido de prosseguir com o processo de habilitação. A coleta deve ser realizada em laboratórios credenciados ou em clínicas médicas com estrutura física separada dos demais exames, conforme as novas regras do Código de Trânsito Brasileiro.
Como o exame toxicológico afeta o valor da primeira habilitação?
Com a inclusão do exame toxicológico no processo de obtenção da CNH, o custo total para tirar a carteira de motorista deve aumentar em todo o país. O valor do exame pode variar entre R$ 120 e R$ 250, dependendo do laboratório e da região. Esse acréscimo se soma às demais taxas e despesas já tradicionais, como aulas teóricas, práticas e exames médicos.
- Taxa do exame toxicológico: entre R$ 120 e R$ 250
- Taxas do Detran: valores variam conforme o estado
- Aulas teóricas e práticas: obrigatórias para todos os candidatos
- Exames médicos e psicológicos: etapas essenciais do processo
Além do impacto financeiro, a exigência do exame toxicológico pode aumentar o tempo necessário para a conclusão do processo, já que o laudo precisa ser emitido antes da liberação da permissão para dirigir.
Quais outras mudanças acompanham a nova legislação da CNH?
Além da obrigatoriedade do exame toxicológico para as categorias A e B, a legislação aprovada traz outras novidades para o sistema de trânsito brasileiro. Uma delas é a destinação de parte dos recursos arrecadados com multas de trânsito para o financiamento do programa CNH Social. Esse programa visa subsidiar a obtenção gratuita da carteira de motorista para pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), ampliando o acesso à habilitação.
Outra medida importante é a autorização para a transferência de propriedade de veículos de forma totalmente digital em todo o território nacional. A partir de agora, contratos eletrônicos de compra e venda passam a ter validade legal em todos os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans), eliminando a necessidade de comparecimento presencial nas unidades de atendimento. Essas mudanças buscam modernizar e agilizar os processos relacionados à documentação veicular.
O que muda para quem vai tirar a CNH em 2025?
Com a sanção presidencial e a publicação das novas regras no Diário Oficial da União, todos os candidatos à primeira habilitação nas categorias A e B deverão realizar o exame toxicológico, além de cumprir as demais etapas já previstas. O processo se torna mais rigoroso e detalhado, com o objetivo de aumentar a segurança nas vias e reduzir acidentes relacionados ao uso de substâncias ilícitas.
- Realização do exame toxicológico em laboratório credenciado
- Apresentação do laudo negativo para prosseguir com o processo
- Participação nas aulas teóricas e práticas
- Realização dos exames médicos e psicológicos
- Conclusão das etapas e obtenção da permissão para dirigir
As mudanças refletem um esforço das autoridades para aprimorar o controle sobre quem está apto a conduzir veículos, além de promover maior inclusão social e modernização dos serviços públicos. Candidatos devem ficar atentos às novas exigências e se preparar para os custos e procedimentos adicionais a partir de 2025.