A Bolsa brasileira encerrou o primeiro semestre de 2025 com alta de mais de 15%, a melhor performance para o período desde 2016. O Ibovespa, principal índice, fechou muito próximo de sua máxima histórica, aos 138 mil pontos, impulsionado por fluxo estrangeiro e juros elevados.
O dólar também teve movimento expressivo: fechou junho cotado a R$ 5,43, cerca de R$ 1 abaixo do patamar de dezembro.
A valorização do real vai além da fraqueza do dólar global e reflete a entrada de capital especulativo no Brasil, por meio do chamado carry trade — estratégia que busca ganhos com juros mais altos em países emergentes.
A análise sobre o desempenho da Bolsa, do cenário macroeconômico e muito mais já está disponível no episódio desta terça-feira (1) do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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Fluxo estrangeiro e juros impulsionam real
O desempenho da moeda brasileira se destacou entre pares emergentes e voláteis. Enquanto o dólar perdeu cerca de 2% frente às seis principais moedas do mundo, em relação às moedas de maior volatilidade, a queda chegou a 10%.
Esse movimento foi potencializado por um cenário global de juros ainda elevados e expectativas de acordo entre Estados Unidos e China, o que melhorou o apetite por risco e impulsionou os mercados acionários ao redor do mundo.
Nos EUA, os principais índices — Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq — também fecharam o semestre em alta, muitos deles perto de recordes históricos, sustentados pela aposta em novos acordos comerciais.
Governo aciona STF para manter IOF
No campo político, o governo decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do Congresso Nacional que derrubou o decreto de aumento do IOF sobre operações financeiras.
A medida evidencia o impasse entre Executivo e Legislativo, com o governo tentando evitar cortes de gastos e insistindo em novas fontes de arrecadação.
Para parte do mercado, essa movimentação reforça a descrença em um ajuste fiscal organizado, alimentando a tese de que apenas um colapso orçamentário poderá forçar um reequilíbrio das contas públicas.