Ao se aproximar do momento de solicitar a aposentadoria, muitos trabalhadores buscam entender como está o registro de suas contribuições e vínculos empregatícios. A consulta ao Extrato de Contribuições, acessível pelo Meu INSS, é uma etapa fundamental para quem deseja garantir que todos os períodos de trabalho estejam devidamente reconhecidos pelo sistema previdenciário. Esse procedimento ajuda a evitar contratempos durante a análise do pedido de benefício.
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) serve como base para o cálculo do tempo de contribuição e para a verificação dos vínculos de emprego. Empresas, órgãos públicos e contribuintes individuais alimentam esse cadastro com informações que serão utilizadas na concessão de aposentadorias e outros benefícios. Por isso, é importante conferir se todos os dados registrados estão corretos e completos antes de iniciar o processo de requerimento.
Como acessar e interpretar o Extrato de Contribuições?

O Extrato de Contribuições pode ser consultado tanto pelo site quanto pelo aplicativo Meu INSS. Ao acessar a plataforma, o trabalhador visualiza uma lista com todos os vínculos empregatícios e recolhimentos feitos ao longo da vida profissional. É essencial analisar se as datas de entrada e saída das empresas estão corretas, se há períodos sem registro ou se existem contribuições abaixo do valor do salário-mínimo, o que pode exigir complementação.
Quais informações devem ser verificadas no CNIS?
Durante a análise do CNIS, alguns pontos merecem atenção especial:
- Datas de início e término de cada vínculo empregatício;
- Valores das contribuições realizadas, principalmente após 2019;
- Vínculos pendentes ou não reconhecidos pelo sistema;
- Registros de regimes próprios de previdência, que podem exigir comprovação adicional;
- Informações divergentes ou incompletas, que podem atrasar a análise do benefício.
Se houver qualquer inconsistência, será necessário reunir documentos que comprovem o tempo de serviço e os recolhimentos realizados.
Quais documentos são aceitos para comprovação de vínculos?
Quando há ausência ou divergência de informações no CNIS, o trabalhador pode apresentar uma série de documentos para comprovar sua atividade. Entre os principais estão:
- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
- Contratos de trabalho assinados;
- Recibos de pagamento de salários;
- Declarações fornecidas pelo empregador;
- Contracheques;
- Termos de rescisão contratual.
Esses comprovantes podem ser anexados diretamente pelo Meu INSS ou apresentados em uma agência, caso seja solicitado pelo Instituto.
Como funciona o simulador de aposentadoria do Meu INSS?
O simulador de aposentadoria é uma ferramenta disponível na plataforma Meu INSS que permite ao trabalhador estimar quanto tempo falta para alcançar o direito ao benefício. Utilizando os dados do CNIS, o simulador apresenta as opções de aposentadoria conforme as regras atuais, incluindo as regras de transição implementadas após a Reforma da Previdência de 2019. Vale ressaltar que o resultado é apenas uma estimativa e não garante o direito ao benefício, pois a análise oficial depende da apresentação de documentos e da avaliação do INSS.
O que fazer se houver pendências ou necessidade de atualização?
Se, ao consultar o extrato, o trabalhador identificar pendências, como períodos não reconhecidos ou contribuições insuficientes, é importante providenciar a regularização antes de solicitar a aposentadoria. Isso pode envolver a complementação de recolhimentos, atualização de dados cadastrais ou apresentação de documentos adicionais. O acompanhamento do processo pode ser feito pelo próprio Meu INSS ou pelo telefone 135, facilitando o esclarecimento de dúvidas e o envio de informações complementares.
Manter o cadastro atualizado e conferir regularmente o Extrato de Contribuições são práticas recomendadas para todos que contribuem para a Previdência Social. Essa atenção aos detalhes contribui para um processo de aposentadoria mais tranquilo e evita atrasos na concessão do benefício.