O Ibovespa, principal índice da Bolsa, encerrou a semana com alta de 3%, superando os 141 mil pontos pela primeira vez na história, mesmo diante de turbulências políticas e incertezas fiscais em Brasília. O dólar também recuou e fechou a R$ 5,42, com queda de 1% na semana e de 12,5% no acumulado de 2025.
Apesar do volume fraco em função do feriado nos Estados Unidos, o mercado brasileiro seguiu em trajetória positiva. A expectativa de corte na Selic ainda em 2025 e a retomada da economia chinesa — importante destino das exportações de commodities brasileiras — impulsionaram ações de mineradoras e petroleiras.
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Nesta sexta-feira (4), o Monitor do Mercado traz mais uma edição do quadro “Semana em 5 Minutos”, resumo semanal direto e sem enrolação assinado por Gil Carneiro.
“Na vida nunca se deveria cometer duas vezes o mesmo erro. Há bastante por onde escolher.” — Bertrand Russell
Crise fiscal e embates políticos
O governo federal ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que tenta barrar o aumento do IOF. Em resposta, o presidente Lula ameaçou vetar proposta de aumento do número de parlamentares.
A retórica mais polarizadora do presidente tem reacendido memórias de suas campanhas anteriores e levantado dúvidas sobre a capacidade de articulação política do governo.
A dívida pública brasileira atingiu 76,1% do PIB em maio, totalizando R$ 9,3 trilhões. Apenas com juros, o governo gastou R$ 946 bilhões em 12 meses. Esse cenário mantém o risco fiscal como um dos principais pontos de atenção do mercado.
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Economia brasileira perde fôlego
O Caged de maio registrou criação de 148 mil vagas, abaixo das expectativas, e a indústria recuou 0,5% no mês, conforme já previsto pelos analistas. Apesar disso, a inflação segue em trajetória de desaceleração, com o Boletim Focus apontando projeção de IPCA em 5,20% para 2025.
EUA: mercado de trabalho forte adia cortes de juros
Nos Estados Unidos, o payroll (relatório oficial de empregos) mostrou criação de 147 mil vagas em junho, acima da expectativa. O dado frustrou as apostas de corte de juros imediato pelo Federal Reserve, apesar do relatório ADP, divulgado no dia anterior, ter apontado eliminação de 33 mil vagas no setor privado.
O mercado passou a projetar início da flexibilização monetária apenas para o terceiro ou quarto trimestre deste ano.
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Acordos comerciais e déficit nos EUA
Com a aproximação do fim da trégua tarifária, prevista para 9 de julho, aumentam as incertezas sobre o comércio internacional. Até o momento, apenas Reino Unido e Vietnã assinaram acordos bilaterais com os EUA. O presidente Donald Trump já sinalizou que não irá renovar a trégua de 90 dias.
Trump também comemorou a aprovação de seu projeto de orçamento, que prevê cortes de impostos de US$ 4,5 bilhões e deve elevar o déficit fiscal dos EUA em US$ 3,3 trilhões nos próximos dez anos. Hoje, o déficit total americano já alcança US$ 36 trilhões.