A corrente de comércio entre Brasil e EUA cresceu 7,7% no primeiro semestre de 2025 na comparação anual, somando US$ 41,7 bilhões, segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham). Esse é o segundo maior valor da série histórica, ficando atrás apenas do registrado em 2022.
De janeiro a junho, as exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 20 bilhões, um crescimento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2024.
Esse desempenho foi superior ao registrado com outros parceiros comerciais do Brasil. As exportações para a China caíram 7,5%, enquanto as vendas para a União Europeia cresceram 2,6% no mesmo intervalo.
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As importações brasileiras de produtos americanos também cresceram no primeiro semestre, totalizando US$ 21,7 bilhões, alta de 11,5% sobre o ano anterior.
Esse avanço supera o crescimento das importações totais do Brasil no período (8,3%), além do desempenho com a União Europeia (alta de 4,4%) e com o Mercosul (queda de 0,9%).
Com esses números, os Estados Unidos registraram um superávit comercial de US$ 1,7 bilhão na relação com o Brasil. Desde 2009, o saldo é favorável aos americanos, o que contradiz a argumentação de Donald Trump na carta em que justificou a imposição das novas tarifas.
Tarifa de Trump pode afetar exportações
Apesar do avanço no comércio entre Brasil e EUA, a Amcham alerta que o comércio bilateral pode ser impactado negativamente com a entrada em vigor da tarifa de 50% anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, para produtos brasileiros importados pelos EUA a partir de agosto.
A entidade defende a busca por uma solução diplomática no curto prazo. De acordo com a Amcham, caso a tarifa seja aplicada integralmente, parte relevante das exportações brasileiras para o mercado americano pode se tornar inviável economicamente.
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