A última semana foi marcada pela volatilidade nos mercados globais e locais e a tendência é de que o cenário se mantenha nos próximos dias. O Ibovespa acumulou uma queda de 3,59%, caindo para os 136 mil pontos e neste início de semana manteve o ritmo negativo. Entre os principais fatores de pressão, estão as incertezas sobre as novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos.
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A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Segundo ele, o anúncio do chamado “tarifaço”, envolvendo novas tarifas sobre produtos importados, gerou estresse nos mercados e contribuiu para a queda das bolsas.
Ricciardi reforça a importância da diversificação de portfólio neste cenário de incerteza. Para ele, quem tem posições em moedas fortes, criptoativos e ativos não correlacionados está melhor protegido das oscilações de curto prazo. Confira a análise na íntegra:
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Criptomoedas ganham força no cenário volátil
Enquanto o Ibovespa caiu, o bitcoin subiu com força, superando os US$ 120 mil e renovando máxima histórica. Ricciardi destacou o desempenho da carteira Wiser Cripto, ligado à carteira de ativos digitais do BTG Pactual, como reflexo da valorização do setor de criptoativos.
O movimento do bitcoin acompanhou também a alta do ouro, em um cenário típico de busca por proteção em ativos alternativos diante de incertezas econômicas.
Dólar avança e juros futuros sobem após tarifas
O dólar, que vinha em trajetória de queda, inverteu a direção e fechou a semana com alta de 2,59%, cotado a R$ 5,56. A taxa de juros DI para 2025 (DI35) também subiu 2,25%, refletindo a maior percepção de risco com a política comercial dos EUA e seus possíveis impactos na economia global.
Apesar disso, as expectativas para a Selic não mudaram significativamente: o mercado segue prevendo manutenção da taxa em 14,90%, segundo os contratos futuros.
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Agenda econômica sem grandes catalisadores
Para esta semana, Ricciardi avalia que a agenda econômica está mais esvaziada. No Brasil, o principal destaque é o IBC-Br, índice divulgado nesta segunda-feira (14) e que antecipa o desempenho do PIB.
Já no cenário externo, atenção para o CPI (inflação ao consumidor) nos EUA na quarta-feira (16) e para os dados de emprego e balança comercial americana na quinta-feira (17).
Nos EUA, a probabilidade de manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,50% na reunião de 30 de julho segue alta, acima de 93%, segundo dados do FedWatch, do CME Group. Cortes de juros, antes esperados para setembro, agora tendem a ficar para dezembro.