O BTG Pactual realizou duas alterações na Carteira Recomendada 10SIM (10 melhores ações) para outubro nesta última quarta-feira (1). Foram incluídas Copel (CPLE6) e Localiza (RENT3), substituindo Equatorial (EQTL3) e Motiva (MOTV3), respectivamente.
O movimento foi feito em meio a um cenário de flexibilização monetária nos Estados Unidos e expectativa de queda da taxa de juros no Brasil em 2026. A tese do banco é que estes ciclos combinados, devem continuar apoiando as ações locais.
A seleção para este mês contém as seguintes empresas:
- Nubank (ROXO34) com 10%;
- Itaú Unibanco (ITUB4) com 10%;
- Rede D’Or (RDOR3) com 10%;
- Embraer (EMBR3) com 10%;
- Localiza (RENT3) com 10%;
- Copel (CPFL6) com 10%;
- Vibra Energia (VBBR3) com 10%;
- Energisa (ENGI11) com 10%;
- Smart Fit (SMFT3) com 10%;
- Cyrela (CYRE3) com 10%.

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Mudanças na Carteira Recomendada
A inclusão da Copel (CPFL6) ocorre diante da apresentação de retornos atraentes em comparação com as taxas de longo prazo. O BTG Pactual destaca que o aumento dos pagamentos de dividendos da companhia e sua exposição aos preços mais altos da energia devem apoiar a ação.
Além disso, a migração da empresa para o Novo Mercado — prevista para o quarto trimestre — pode aumentar a liquidez. A Copel é negociada a uma TIR Real (Taxa Interna de Retorno ajustada pela inflação) de 9,2%.
Já a Localiza (RENT3) foi adicionada após a Motiva (MOTV3) registrar um desempenho significativo no ano (+50%). A locadora de veículos apresenta um sólido momento operacional, especialmente nas divisões RAC (Aluguel de Carros) e frota.
O BTG considera a Localiza uma beneficiária da queda nas taxas de juros, negociada a um valuation (avaliação do preço dos ativos) de 10x P/L (Preço/Lucro) para 2026, múltiplo considerado atraente.
Desempenho da Carteira Recomendada
Em setembro, a Carteira Recomendada 10SIM teve alta de 5,2%, acima do Ibovespa (3,4%), principal índice da Bolsa brasileira, e do índice IBrX-50 (3,4%).
Em 2025, o portfólio acumula alta de 31,9%, mantendo desempenho superior ao do Ibovespa (21,6%) e do IBX-50 (20%). A taxa do CDI subiu 10,4% no período.
Desde a gestão iniciada por Carlos E. Sequeira em 2009, a carteira registra um ganho acumulado de 523,7%, também superando a valorização do Ibovespa (137,7%) e do IBrX-50 (182,5%). Veja abaixo:

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Flexibilização nos EUA impulsiona emergentes
O Federal Reserve (Fed) iniciou um ciclo de flexibilização em setembro, reduzindo as taxas em 0,25 ponto percentual (p.p.). Há perspectiva de mais dois cortes da mesma magnitude até o final do ano e mais dois cortes em 2026, levando a taxa básica de juros para 3,1% em junho de 2026.
O início do afrouxamento monetário nos Estados Unidos está atraindo um fluxo maior para os mercados emergentes, segundo o BTG Pactual.
De acordo com a EPFR (Emerging Portfolio Fund Research), os fundos globais que investem em mercados emergentes (GEM) receberam entradas de US$ 8,7 bilhões em setembro e US$ 19,5 bilhões nos últimos quatro meses, revertendo saídas de US$ 17 bilhões registradas em 2024.
No Brasil, o fluxo de investidores estrangeiros para ações em setembro foi de R$ 6,2 bilhões líquidos, ajustando-se pela deslistagem da Santos Brasil (STBP3). Em 2025, o fluxo líquido alcançou R$ 26 bilhões.
Cortes na Selic devem começar em 2026
No Brasil, o cenário base da equipe econômica do BTG Pactual projeta que o início do ciclo de flexibilização monetária do Banco Central será em janeiro de 2026. A projeção é de uma redução de 3 pontos percentuais em 2026, levando a taxa Selic para 12% até o final do próximo ano.
Embora o Ibovespa tenha tido um desempenho de alta de 41% em dólares até agora, o valuation continua sendo considerado atraente. As ações brasileiras estão sendo negociadas a 9,6x P/L 12 meses à frente, excluindo Petrobras e Vale. Historicamente, ciclos de corte de juros são geralmente acompanhados por preços mais altos das ações.