O dólar fechou esta quinta-feira (2) em alta de 0,2%, a R$ 5,34. No Brasil, o mercado monitorou os impactos da aprovação do projeto do Imposto de Renda (IR) na Câmara.
O texto aprovado na Câmara prevê isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, mas também cria novas formas de arrecadação, como a alíquota mínima de 10% para rendas acima de R$ 1,2 milhão ao ano e tributação de dividendos.
Apesar disso, investidores ainda questionam a neutralidade fiscal da proposta — ou seja, se o governo realmente não perderá arrecadação. A dúvida é se o pacote pode pressionar a inflação e aumentar a percepção de risco fiscal.
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Outro ponto é o impacto político: analistas avaliam que a aprovação representa uma vitória relevante para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que pode influenciar expectativas eleitorais e afetar a percepção de investidores sobre a condução da política econômica.
Já no exterior, a paralisação parcial do governo norte-americano (shutdown) gera incerteza sobre a divulgação de indicadores econômicos e dificulta projeções sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed).
Nos Estados Unidos, a paralisação parcial do governo dificulta a divulgação de dados econômicos, como o relatório de emprego (payroll), que pode ser adiado.
O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas fortes, chegou a 98,131 pontos durante o dia, mas fechou em 98,800 pontos, alta de 0,15%. Apesar disso, acumula queda de 0,30% na semana. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Segundo analistas, a falta de dados deixa o Fed “operando às cegas”, aumentando a volatilidade do dólar. Relatórios preliminares contraditórios sobre o mercado de trabalho também contribuíram para oscilações na moeda americana.
Desempenho do real frente a pares emergentes
Na primeira parte da sessão, o real foi a moeda mais pressionada entre seus pares latino-americanos. À tarde, recuperou parte das perdas e passou a cair menos que o peso mexicano e o peso chileno.
Segundo operadores, o nível elevado da taxa real de juros no Brasil ainda garante suporte ao real, já que torna mais caro apostar contra a moeda. Isso reduz a volatilidade local, mesmo diante do aumento das incertezas fiscais.