Após quatro sessões seguidas de queda, o dólar voltou a subir nesta terça-feira (21), registrando alta de 0,37%, a R$ 5,39. A alta refletiu a postura mais cautelosa dos investidores diante das incertezas sobre as negociações comerciais entre EUA e China e a continuidade do shutdown (a paralisação parcial do governo norte-americano).
As oscilações ocorreram após declarações contraditórias de Donald Trump sobre uma possível reunião com o líder chinês Xi Jinping.
Trump afirmou inicialmente que o encontro ocorreria em duas semanas, na Coreia do Sul, mas depois recuou e não confirmou a reunião. O presidente dos EUA reforçou, no entanto, que as tarifas comerciais são “questão de segurança nacional”.
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Haddad detalha medidas fiscais
No Brasil, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tiveram influência limitada sobre o câmbio. À tarde, ele afirmou que a Casa Civil enviaria dois projetos ao Congresso para substituir a Medida Provisória (MP) que previa aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Um dos textos deve tratar da revisão de despesas, com impacto estimado em R$ 15 bilhões. O outro propõe medidas para elevar a arrecadação, como regras mais rígidas para concessão de seguro defeso, limitação de compensações tributárias, taxação de apostas (bets) e aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para fintechs.
Dólar ganha força globalmente
O índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — subia 0,40% no fim do dia, a 98,96 pontos. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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O iene japonês recuou mais de 0,80% após a eleição de Sanae Takaichi como primeira-ministra do Japão.
A valorização global do dólar coincidiu com uma queda de mais de 5% do ouro, a maior desde 2013. O movimento foi interpretado como uma realização de lucros, com investidores migrando recursos para ativos em dólar e títulos do Tesouro americano (Treasuries).









