As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em forte queda nesta manhã refletindo o
preço do petróleo e acompanhando os treasuries norte-americanos, que também fecham.
Segundo o banco ABC Brasil, os mercados globais reagem a notícias sobre o setor petrolífero. Biden considera liberar até 180 mi bpd da reserva estratégica do país (ou +1 mi bpd por vários meses). Nesse contexto, a cotação do Brent apresenta queda de cerca de -5%, ao redor de US$106/barril.
Segundo Luis Otávio Leal, economista-chefe do Banco Alfa, a curva de DI está devolvendo o movimento de ontem, que acompanhou algumas notícias ruins, como IGP-M acima das expectativas e alta do petróleo.
A Bolsa perdeu força e passa a operar com instabilidade com as ações da Meliuz, 3R Petrolium e Cosan em baixa e Banco Inter, CVC e Positivo em alta. Às 12h55 (horário de Brasília), o principal índice da B3 caía 0,21%, aos
120.0005, 42 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em abril caía 0,36%, aos 120.830 pontos. O giro financeiro era de R$ 10,9 bilhões. Em Nova York, os índices operavam em queda. Os papéis da Meliuz (CASH3), Cosan (CSNA3) e 3R Petrolium (RRRP3) caíam respectivamente 3,69%, 1,74% e 1,06% as ações do Positivo (POSI3), CVC (CVCB3) e Banco Inter (BIDI11) subiam 1,41%,
2,15% e 1,72%.
O dólar opera em queda, menos volátil que no início da sessão. A alta das commodities voltam a dar as cartas, impulsionada pelo aumento das incertezas quanto ao avanço das negociações entre Rússia e Ucrânia, além da
desconfiança sobre a retomada econômica chinesa. O movimento também volta a refletir os juros praticados no Brasil. De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “a expectativa é que ocorresse uma valorização do dólar neste último dia do mês, com a formação da Ptax, mas os sinais de que a Rússia não está tão comprometida volta a valorizar as commodities, assim como os juros exercer força”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h20 (de Brasília):
IBOVESPA: 120.097 pontos (-0,13%)
DÓLAR À VISTA: R$ 4,7310 (-1,12%)
DI JAN 2023: 12,745 (-0,23%)
DI JAN 2027: 11,250 (-0,66%)
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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