Impulsionado pelas expectativas de corte dos juros americanos, no ritmo do mercado global, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, renovou seu recorde de fechamento nesta terça-feira (28). O índice encerrou a sessão em alta de 0,31%, aos 147.428 pontos, registrando o 16º recorde em 2025 e ultrapassando pela primeira vez a marca dos 147 mil pontos.
A declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) está próximo do equilíbrio fiscal também ajudou o desempenho, levando o Ibovespa à máxima intradia, aos 147.810 pontos.
Pelos mesmos fatores o dólar seguiu no sentido contrário, encerrando a sessão em leve queda de 0,20%, cotado a R$ 5,36, no menor valor de fechamento em vinte dias.
Em destaque no Ibovespa, as ações da Petrobras se mantiveram estáveis (ON: +0,09%; e PN: -0,03%), em meio à queda dos preços do petróleo. Já a Vale fechou em alta de 0,88%, apoiada na valorização do minério de ferro e na expectativa dos resultados trimestrais previstos para esta quinta-feira (30).
No setor financeiro o desempenho foi modesto, com destaques positivos de Banco do Brasil (+0,53%) e Bradesco (ON +0,45%). Entre as maiores altas, MBRF (+15,62%), Cogna (+3,77%) lideraram a sessão, enquanto Auren (-6,12%) registrou a maior perda.
O mercado internacional iniciou a sessão desta quarta-feira (29) em alta, à espera do corte de juros dos Estados Unidos, que já está precificado em 25pbs. A expectativa agora é pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que pode sinalizar mais um corte em dezembro.
Além dos juros, a cena internacional é dominada pelas expectativas para o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, nesta quinta-feira, com esperanças de um novo acordo comercial sobre tarifas em troca do compromisso de Pequim em coibir exportações de fentanil.
O mercado também aguarda os resultados trimestrais das magníficas Meta, Alphabet e Microsoft após o fechamento.
No Brasil, repercute a notícia de que o Senado americano aprovou uma resolução revogando as tarifas de 40% sobre produtos brasileiros, justamente quando foi restabelecida a relação com os EUA.
O senador Tim Kaine, um dos autores do projeto, citou o aumento nos preços, principalmente do café, como argumento para defender o texto. Aprovada por 52 dos senadores contra 48, agora a medida vai à Câmara, que não deve levar o projeto adiante.
Algumas análises apontam que os democratas apenas quiseram provar que Trump não tem o apoio de todo o partido em sua política tarifária.
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Manchetes desta manhã
- Ação mais letal da polícia do Rio amplia desafios à política de segurança nacional (Valor)
- Trump diz que espera bom acordo com Xi; China confirma encontro na quinta (Folha)
- Mesmo no STF, Messias poderá manter honorários da AGU que renderam R$ 660 mil este ano (Estadão)
- Parlamentares aprovam projetos para segurança em dia de caos no Rio, mas medidas estruturantes andam devagar no Congresso (O Globo)
- Nubank supera a Petrobras e se torna empresa mais valiosa do Brasil (Valor)
Mercado global em alta à espera de decisão sobre juros dos EUA
As Bolsas da Europa oscilam entre a busca pela estabilidade e o viés de alta nesta manhã, enquanto o mercado avalia uma série de balanços corporativos e aguarda pela decisão sobre os juros dos EUA.
Na Ásia, os índices fecharam majoritariamente em alta em mais um dia de visita de Trump ao continente e na expectativa do encontro com Xi Jinping nesta quinta-feira.
Nesta terça-feira, o presidente dos EUA esteve em reunião com o líder da Coreia do Sul após uma ofensiva importante no Japão.
Neste cenário mais otimista, a bolsa de Xangai fechou em alta de 0,70% e Shenzhen, de 1,95%. No Japão, após acordo com os EUA, o Nikkei fechou em alta de 2,37% e, na Coreia do Sul, ainda que um acordo com os norte-americanos não esteja tão próximo, o Kospi teve ganhos de 1,76%, enquanto em Hong Kong não houve pregão.
Em Nova York, os índices futuros operam em alta modesta nesta quarta-feira, à espera da decisão do Fed sobre os juros. Além disso, o mercado acompanha os resultados das big techs Meta, Microsoft e Alphabeth, previstos para após o fechamento.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,2%
• FTSE 100 +0,5%
• CAC 40 estável
• Nikkei 225 +2,2%
• Hang Seng -0,3%
• Shanghai SE Comp. +0,7%
• MSCI World estável
• MSCI EM +1%
• Bitcoin +0,2% a US$ 113053,69
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Commodities
- Petróleo: contratos futuros seguem em alta em meio à decisão sobre os juros dos EUA, turnê de Trump na Ásia, balanços corporativos e expectativa sobre a reunião da Opep+ no domingo.
O Brent/dez sobe 0,51%, negociado a US$ 64,73 e o WTI avança 0,43%, a US$ 60,41 - Minério de ferro: fechou em alta de 1,96% em Dalian, na China, cotado a US$ 113,31/ton.
Em Singapura, os contratos futuros sobem 1,22%, cotados a US$ 107,70/ton e o mercado à vista avança 0,14%, cotado a US$ 105,95/ton.
Cenário internacional é tomado por otimismo sobre juros dos EUA
Nos EUA, a decisão de juros do FOMC será divulgada às 15h, com projeção do mercado de um corte de 0,25 ponto percentual.
Em seguida, o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento aguardado por investidores em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária. Esta será a primeira reunião da história do Fed sem acesso a novos dados oficiais de emprego, em razão do shutdown do governo americano.
No cenário geopolítico, o encontro entre Trump e Xi Jinping domina as expectativas do mercado. Trump afirmou que pretende discutir a redução de tarifas sobre produtos chineses relacionados à crise do fentanil e abordar o chip de inteligência artificial Blackwell, da Nvidia. No pré-mercado de Nova York, as ações da empresa sobem 3,6%.
Cenário nacional repercute medidas fiscais
No Brasil, a Câmara aprovou o Projeto de Lei que prevê a gratuidade das bagagens de mão e retoma o despacho gratuito de malas de até 23 kg.
Enquanto isso, no Senado, a MP do setor elétrico deve ser votada nesta quarta-feira em comissão mista.
Em dia de agenda esvaziada, destaque para os dados do mercado de crédito de setembro e para a dívida pública federal de setembro, às 14h30.
Enquanto a decisão sobre os juros dos Estados Unidos dominam o cenário global, os diretores do Banco Central seguem em período de silêncio antes da reunião do Copom, na próxima semana.
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Destaques no mercado corporativo
- Fleury: adquiriu o Laboratório São Lucas, em Rio Claro (SP), por R$ 34 milhões, reforçando sua presença no interior paulista.
- Nubank superou a Petrobras e se tornou a empresa mais valiosa do país, atingindo valor de mercado recorde de US$ 76,97 bilhões.
- Prio: informou aumento de capital de R$ 2 bilhões.
- Petrobras: está finalizando seu plano estratégico 2026-2030 e manterá investimentos previstos na área de refino, disse o diretor de processos industriais, William França.
- Companhias aéreas foram beneficiadas por emenda aprovada na Câmara que restabelece a gratuidade da bagagem de até 23 kg e proíbe a cobrança por assentos padrão.









