A aproximação do final do ano exige atenção redobrada com a segurança financeira da população sênior. Criminosos se aproveitam desta época para aplicar golpes direcionados a pessoas com 60 anos ou mais, explorando a confiança e a boa-fé.
Quais são as principais armadilhas usadas contra idosos no final do ano?

Temas sazonais, como a prova de vida do INSS, o planejamento de viagens e a restituição do Imposto de Renda, são usados como iscas. Conhecer o método dos fraudadores é a principal ferramenta de proteção para os idosos e suas famílias.
A tática central dos golpistas é a engenharia social, que manipula a vítima para que ela mesma forneça os dados ou o dinheiro. Eles se passam por instituições conhecidas para criar um senso de legitimidade e urgência, impedindo a reflexão.
Os três golpes mais perigosos e comuns neste período usam narrativas muito convincentes:
- A Falsa Prova de Vida (INSS): O aposentado é contatado por WhatsApp por um falso atendente que exige fotos de documentos e uma selfie para “não bloquear o benefício”. Alerta máximo: O INSS nunca faz esse procedimento por WhatsApp; a verificação oficial é pelo app Meu INSS ou 135.
- A Viagem de Fim de Ano “Imperdível”: Perfis falsos de agências anunciam pacotes com preços muito abaixo do mercado para o Natal. Após o pagamento do sinal via PIX, a empresa desaparece. Alerta máximo: Sempre verifique se a agência possui registro no Cadastur (Ministério do Turismo).
- O Lote Residual do Imposto de Renda: Um e-mail de phishing em nome da Receita Federal informa sobre um “valor esquecido” a ser resgatado. O link leva a um site falso que clona dados bancários. Alerta máximo: A Receita Federal jamais envia links por e-mail ou SMS para consulta.
Leia também: Brasileiros descobrem trabalho remoto que paga em libras e garante renda internacional sem sair de casa
O que fazer se um familiar se tornou vítima de um golpe?
A primeira reação deve ser de acolhimento e apoio, sem julgamentos, pois os golpes são feitos para enganar. Em paralelo, a ação precisa ser imediata para bloquear as perdas financeiras, contatando o banco com urgência para bloquear contas e cartões.

Ajude seu familiar a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil, online ou presencialmente. Monitore com calma o extrato de empréstimos no app Meu INSS (https://meu.inss.gov.br/#/login) e, se a fraude foi via PIX, solicite ao banco a abertura do MED (Mecanismo Especial de Devolução).
Como a família pode construir uma barreira de proteção eficaz?
A prevenção é a melhor estratégia e ela se baseia no diálogo e na informação. É vital criar um ambiente de confiança onde o idoso se sinta seguro para perguntar sobre qualquer abordagem estranha antes de tomar uma atitude.
Adote práticas simples que fortalecem a segurança de quem você ama:
- Criar “códigos de segurança”: Estabeleça a regra clara de que qualquer pedido de dinheiro por mensagem só será atendido após uma chamada de voz de confirmação.
- Repetir os “mantras da segurança”: Insista que bancos, INSS e Receita Federal nunca ligam ou enviam mensagens pedindo senhas ou transferências.
- Ser o “ponto de verificação”: Ofereça-se ativamente para checar a veracidade de qualquer promoção, e-mail ou boleto suspeito.
- Ajustar a segurança do celular: Ajude seu familiar a ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp e a revisar as permissões de aplicativos, dificultando a ação de invasores.









